Parque Jurássico
Porém, ou não seja esta uma região onde se pegam bisontes de caras, vinte, dos vinte e um espécimes de “megassaurus” que, há milénios, percorrem as férteis pradarias ribatejanas, saíram reforçados desta prova.
Fazendo juz ao riquíssimo passado antediluviano que as pegadas da Serra d’Aire cabalmente comprovam, o Ribatejo continua a constituir um ecossistema privilegiado onde prolifera uma grande diversidade de espécies de “Dinossauros” (entre outra fauna menos classificável) principalmente do género “Autarcosaurus”!Também aqui a sobrevivência dos mais aptos foi mais uma vez posta à prova por mais esta cíclica, e escaldante, glaciação eleitoral! Porém, ou não seja esta uma região onde se pegam bisontes de caras, vinte, dos vinte e um espécimes de “megassaurus” que, há milénios, percorrem as férteis pradarias ribatejanas, saíram reforçados desta prova, revelando mais uma vez, a sua invulgar adaptabilidade às alterações que o ecossistema naturalmente vai sofrendo.Apesar do impacto do “Cometa Flores”, responsável pela dramática extinção do belicoso Átilosaurus (espécie recente, e por isso pouco adaptada ao ecossistema tagânico) a sua influência parece não ter sequer beliscado qualquer uma das outras espécies, manifestamente mais resistentes.Nem o “Silvinosaurus”, o conhecido e esverdeado lagarto de juba. Nem o “Carrinhosaurus” o artificioso sáurio lacrimejante donde, aliás, provém a conhecida expressão (mas incorrectamente atribuída, assinale-se) “lágrimas de crocodilo”. Nem, sequer, os impiedosos “Maltezosaurus” e “Mendesosaurus”, espécimes carnívoros da família dos “Vampirosaurus”, conhecidos na gíria paleontológica como aqueles que “comem tudo e não deixam nada” e cuja ferocidade os tem levado, gradualmente, a devorar todos os seus competidores.O futuro apresenta-se assim, risonho, para todos eles. Perfeitamente adaptados aos ecossistemas meso-fluviais da região, apenas uma catástrofe mais ou menos apocalíptica poderá pôr em causa a sua sobrevivência. Incrementa-se portanto, cada vez mais, o Parque Jurássico em que o Ribatejo se está transformando. É claro que, nalguns espécimes, se assiste já a uma visível transformação em aves* (mais ou menos “raras”) que, como se sabe, lhe sucederão na cadeia evolutiva. “Pavões”, “falcões”, “pombas”, “papagaios” e “araras”, vão-se pavoneando e papagueando, enquanto esperam, pacientemente, a sua remota oportunidade.Deve dizer-se, contudo, que se a evolução das espécies é naturalmente inevitável é, mais naturalmente ainda, feita ao ritmo secular das gerações! Decididamente, o melhor mesmo é esperarem (de preferência sentados), pela próxima glaciação!* Aliás, é precisamente por isso, que o jurassiano “Passeio da Fama” (onde em tempos remotos se gravavam as “pegadas das celebridades da Era Secundária”, e que, como é sabido, a mutação geológica transformou numa pedreira, ainda hoje continua nas mãos da conhecida “família Galinha”.
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