Uma vida com muita lama e a casa às costas
Ao contrário do que se possa pensar, a vida de um mecânico de motocross é dura. Na primeira parte da época, entre Outubro e Dezembro, há testes atrás de testes. A partir daí começam as corridas internacionais, primeiro ainda para ver como está a mota em competição com as outras marcas e depois vem o campeonato do mundo.Durante a competição os mecânicos não têm um horário rigoroso. O trabalho depende muito do dia anterior. Se estiverem a trabalhar até às 2h00 ou 3h00 da manhã, no dia seguinte só se levantam ás 11h00 ou meio-dia. Se não, muitas vezes às 9h00 já estão de volta dos motores. “Muitas vezes a mota tem de estar pronta no dia seguinte e se for preciso trabalharmos a noite toda tem de ser”, revela Rui Silva.A equipa do mecânico português – a Yamaha Ricci Racing – está sedeada em Asti, uma pequena localidade junto a Torino, em Itália. É de lá que partem para as provas por toda a Europa e até no Japão. Normalmente saem da “base” à quarta-feira e só regressam no domingo à noite ou na segunda-feira.Mecânico e piloto não passam muito tempo juntos. As motos têm uma afinação própria que é testada no início do ano e que se adapta ao piloto. Depois em cada pista há uma afinação específica tendo em conta a temperatura, a humidade, o tipo de traçado, etc. Só nos testes e nos dias de corrida essa proximidade é maior.Ao contrário dos desportos de pista, como a velocidade ou a fórmula 1, no motocross os mecânicos convivem diariamente com o pó e/ou a lama. É a eles que cabe, entre outras coisas, manter as motos sempre apresentáveis.
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