Durante vários anos, o coveiro do cemitério de Samora Correia dedicou-se a fazer alguns biscates no próprio local de trabalho. José Feijoca fez levantamentos de campas e construiu caixas de alvenaria para sustentar as terras nas covas. O coveiro é funcionário da junta, mas cobrou os serviços à parte. Alguns cidadãos não gostaram dos atrasos do operário e outros consideraram que o preço dos serviços estava pela hora da morte. As reclamações foram-se amontoando e o novo executivo da junta de freguesia decidiu chamar a si a responsabilidade da execução destes trabalhos. A autarquia fixou um preço social muito inferior ao praticado pelo coveiro. Perante a concorrência “do próprio patrão”, o operário estuda a hipótese de realizar promoções para acompanhar os preços anunciados. Resta saber se a junta de freguesia vai autorizar a fixação de propaganda no cemitério.