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Educação e ambiente são prioridades

Assembleia Municipal de Torres Novas aprova orçamento do município para 2006

Os centros educativos serão os primeiros projectos a serem candidatados pela Câmara de Torres Novas à União Europeia, no âmbito do IV Quadro Comunitário de Apoio.

Vinte e cinco votos a favor – da maioria socialista e dos presidentes de junta de Chancelaria (Henrique Reis, PSD) e Pedrógão (Silvino Rosa, CDU) - e 10 votos contra da oposição foi o resultado da votação do orçamento da Câmara de Torres Novas para 2006 na sessão da assembleia municipal de quinta-feira. Um orçamento que, como disse o presidente do município, é condicionado pela situação económica do país, com as prioridades de investimentos a irem para a educação e ambiente.Os centros educativos serão os primeiros projectos a serem candidatados pela Câmara de Torres Novas à União Europeia, no âmbito do IV Quadro Comunitário de Apoio (QCA) garantiu na assembleia de quinta-feira passada o presidente do município, durante a discussão do orçamento para 2006.A educação e o ambiente são os sectores privilegiados no próximo ano. António Rodrigues (PS) disse aos deputados municipais que as ligações das redes de saneamento básico às estações de tratamento de águas residuais (ETAR) já construídas e a construir, serão também uma realidade no próximo ano.Quanto ao resto, afirmou, “vamos limitar-nos a manter as obras já adjudicadas e as que já foram alvo de concurso”. Na lista estão duas novas pontes (junto ao Torreshopping e à avenida Dr. João Martins de Azevedo), o edifício Lezíria, a biblioteca, o projecto ciência viva e a pavimentação de algumas estradas.Obras criticadas pelo deputado da CDU Vaz Teixeira, que lembrou ao presidente que dos 34 milhões de euros que o município recebeu da União Europeia, 26 milhões foram gastos na cidade. “Continuamos a gastar dinheiro só na cidade, esquecendo as freguesias”, criticou.Uma crítica que António Rodrigues “encaixou”, referindo que no ano passado a câmara investiu, do seu bolso, quase dez milhões de euros nas freguesias “para compensar o dinheiro dos fundos comunitários gastos na cidade”.Para o médico Vaz Teixeira o orçamento para 2006 da Câmara de Torres Novas sofre de um “mal crónico”, devido ao sistemático empolamento das receitas. “No orçamento passado apenas 41 por cento do valor das receitas foi realizado”, lembrou o deputado.A discrepância de números deve-se, em grande parte, à rubrica da venda de terrenos. “Para o ano a câmara diz esperar receber 16 milhões de euros desta rubrica. Já o ano passado esperava receber 12 milhões e acabou por não vender nenhum terreno”, lembrou o deputado da CDU.Também o PSD criticou o documento, salientando o crescimento das despesas em 6,25 por cento, particularmente as despesas correntes com pessoal, que subirão previsivelmente 6,4 por cento.Os deputados social-democratas questionaram também as despesas que a câmara terá de sustentar anualmente com o Teatro Virgínia (325 mil euros) e com o Palácio dos Desportos (135 mil euros). “Isto só com a manutenção dos equipamentos, sem contar com os vencimentos do pessoal agregado”.A dívida do município foi também realçada pela oposição, com o presidente da câmara a rebater as críticas – “o nosso índice de endividamento é idêntico ao de há quatro anos”, disse, salientando que só o Estado deve ainda ao município 3,5 milhões de euros de obras já executadas e outro tanto de obras em concurso. “Ainda temos a receber verbas do dique de Riachos”, afirmou.

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