Na CURPIFA (Comissão Unitária de Reformados e Pensionistas e Idosos de Alhandra), Jerónimo de Sousa ouviu os problemas ali levados pelas comissões de trabalhadores e pelos sindicatos das empresas da região. O quadro geral traçado foi negativo, com a instabilidade que se vive na maioria da empresas a dominar as intervenções. No discurso proferido, o candidato presidencial chamou a atenção para os números do desemprego a nível nacional. Jerónimo de Sousa evocou o último relatório, referente a Novembro, do Instituto de Emprego e Formação Profis-sional, que apresenta 486 mil desempregados inscritos nos Centros de Emprego.Acusando as “políticas de direita prosseguidas pelos sucessivos Governos, quer do PS quer do PSD e CDS/PP” da situação económica em que o país se encontra, o candidato focou, ainda, a problemática das deslocalizações. Segundo Jerónimo de Sousa, a “ameaça de deslocalização pode e, nalguns casos, já está a funcionar como chantagem” com o ob-jectivo de obter concessões quer dos trabalhadores, quer do Estado. Neste aspecto, o candidato presidencial apoiado pelo PCP defendeu a necessidade de “uma clara regulação e disciplina nos processos de deslocalização e reestruturação de empresas”.A qualificação dos trabalhadores foi, também, alvo de reflexão. O candidato comunista considerou-a “fundamental não só para o trabalhador, mas também para o desenvolvimento do país”.Da parte da tarde, Jerónimo de Sousa percorreu as principais ruas de Vila Franca de Xira, acompanhado por cerca de meia centena de pessoas. Distribuiu e recebeu cumprimentos e ainda provou castanhas assadas. Elisabete Gonçalves, a castanheira que vende junto à estação ferroviária, aproveitou a presença do candidato para alguns desabafos sobre a situação económica do país, que também a afecta. Esta visita do candidato comunista à presidência da República à região incluiu, ainda, uma passagem pela fábrica da Opel na Azambuja, e um jantar com apoiantes em Vialonga.