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A História segue dentro de momentos

Comentário
Há cerca de quatro anos, é bom não esquecer, o Partido Socialista de Santarém gritou aos quatro ventos que tinha herdado uma câmara falida do executivo liderado por José Miguel Noras, também ele socialista e companheiro de jornada de Rui Barreiro, Manuel Afonso e companhia. Quatro anos volvidos a dívida aumentou para mais do dobro mas nas últimas eleições o povo de Santarém decidiu, pela primeira em 30 anos, castigar a gestão socialista, dando a vitoria eleitoral a Moita Flores e ao PSD.Agora na oposição, unidos à CDU, os mesmos vereadores que governaram (mal) a câmara durante o ultimo mandato, demitiram-se das suas responsabilidades e aparentemente pretendem tornar a autarquia ingovernável.Tudo aquilo que Moita Flores já disse sobre os vereadores socialistas e a vereadora comunista seria, num país civilizado, mais do que suficiente para que os políticos em causa viessem defender a sua honra. Ao contrário, nesta novela que promete não ter fim à vista, só a voz indignada de Moita Flores se faz ouvir com estrondo e chamando os bois pelos nomes.O que é difícil não é este combate político, é saber que tenho os pequenos credores à porta a pedirem as dívidas, alguma delas já com mais de quatro anos e que põem em causa a continuidade das suas pequenas empresas.Sou tolerante, mas não perdoo a quem tem da política apenas o tamanho do nariz do pinóquio. Eu sabia que este reaccionarismo estava instalado em Santarém mas acredito sinceramente que o vamos vencer.Depois de terem aprovado casas sem telhados queriam aprovar uma casa sem cabouco. O que eles queriam era que isto continuasse como antigamente, em que se governava sem um mínimo de responsabilidade e de compromisso com os munícipes e os credores.Eu sei que a palavra de honra está muito fora do léxico local, mas eu faço questão de a trazer de volta porque eu não nasci aqui mas amo esta terra.Enquanto aqui estiveram nunca se esqueceram de pagar aos grandes empreiteiros, mas aos pequenos fornecedores da câmara não pagaram um cêntimo.Para quem diz que defende os pobres e os pequenos empresários esta atitude do PS e da CDU é inqualificável. Só em Santarém é que é possível encontrar políticos que colocam os interesses partidários à frente dos interesses do concelho.Vai longa a lista de citações de Moita Flores que, na passada quinta-feira, em conferência de imprensa e, mais tarde, na assembleia municipal, desancou forte e feio no PS e na CDU por causa da inviabilização de um contrato bancário para a resolução das dívidas de curto prazo herdadas do anterior executivo. Vai longa a lista, mas estas citações são as mais brandas e representam apenas uma ínfima parte do que Moita Flores vociferou contra aquilo a que chamou o erro histórico mais grave praticado depois do 25 de Abril contra o povo de Santarém.Eu nunca pedi a maioria absoluta, quero governar com todos, ao contrário do PS que não pediu outra coisa durante a campanha eleitoral. Mas também não nasci para D. Sebastião. Estou aqui para governar e para ser tolerante, mas não para ser espezinhado.A história segue dentro de momentos….JAE

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