Os novos nomes do fado
Três fadistas da região merecem destaque em livro de Manuel Halpern
Cristina Branco, Célia Barroca e Joana Amendoeira são as três fadistas da região com direito a um capítulo no livro “O Futuro da Saudade – O Novo Fado e os Novos Fadistas”, da autoria de Manuel Halpern, editado há cerca de um ano pela Dom Quixote e que em Dezembro passado foi apresentado na Societat General de d’Autors e Editors, em Barcelona.Cristina Branco e o guitarrista Custódio Castelo são os que ocupam mais espaço, 12 páginas. “A primazia da palavra, o afastamento do estereótipo fadista e a complexidade melódica são traços marcantes” da dupla de Almeirim. Uma intérprete que “estabeleceu um percurso de fora para dentro”, recorda-se, para sublinhar que antes do reconhecimento no seu país já o tinha alcançado em países como a Holanda e a França. “Mas desde que os portugueses a descobriram, foi colocada na linha da frente dos novos fadistas”.O fado “com fronteiras mal definidas” de Cristina Branco contou com as melodias compostas por Custódio Castelo, virtuoso da guitarra cujas composições são consideradas “das mais criativas que já foram feitas”.Célia Barroca é mencionada na categoria “Os Mutantes” e dela diz-se que “inventou para a canção de Lisboa um formato global, onde são abertos os canais de comunicação com todas as artes”. Destaca-se “o estilo particularmente cénico” que “trouxe qualquer coisa de diferente”. Mistura fado com dança, poesia, fotografia e vídeo.“Para bem entender o trabalho de Célia Barroca não bastam os ouvidos”, diz o autor acerca da fadista de Riachos (Torres Novas), também professora de Expressão Dramática na Escola Superior de Educação de Santarém.Nas duas páginas que lhe são dedicadas, Joana Amendoeira é classificada como um prodígio. Que aos 15 anos, em 1997, gravou o seu primeiro disco. O que faz dela uma recordista: a mais nova fadista a gravar um CD.A cantora de Santarém é apontada pelo autor como “uma promessa do fado, com uma carreira bem desenhada”.
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