A Agência Regional de Promoção Turística - Centro de Portugal (ARPT-CP) apresentada quinta-feira publicamente em Castelo Branco, vai investir mais de um milhão de euros, durante 2006, na promoção turística externa da região, nomeadamente no mercado espanhol.A agência surge integrada na Associação de Turismo Centro de Portugal, anteriormente denominada Associação para o Desenvolvimento do Turismo da Região Centro (ADTRC), criada em 1994.“É um modelo que assenta numa parceria entre sector público, representado pelo Instituto de Turismo de Portugal e regiões de turismo e os operadores privados, que integram a Confederação do Turismo de Portugal” disse aos jornalistas o presidente da comissão executiva da agência Centro de Portugal, José Manuel Alves.A nova estrutura dispõe de verbas que atingem um milhão e 92 mil euros, 878 mil provenientes do Instituto de Turismo de Portugal (ITP), 143 mil das regiões de turismo e 71 mil dos operadores privados.Acrescentou que o modelo de concretização de uma estratégia comum começou a ser pensado em 2003, tendo sido seguido por outras regiões, sendo a agência da região centro “a única que ainda não tinha sido criada em Portugal”.“Não foi possível acima de tudo porque não era possível por em prática um clima de consenso” afirmou ainda.Acrescentou que o consenso entre os vários parceiros foi encontrado em finais de 2004, consolidado em 2005, resultando num acordo fechado em 2006: “Só falta a assinatura do ITP”, disse José Manuel Alves.Abrange os distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu, deixando, no entanto, de fora as regiões de turismo de Leiria-Fátima e dos Templários (Tomar) “que em 2003 decidiram aderir a Lisboa e Vale do Tejo”. “[O centro de Portugal] acaba por estar apenas representado a dois terços”, admitiu.Considerou ainda que a região parte “com algum atraso” mas vê nessa situação uma vantagem. “Temos a vantagem de evitar os erros que outros cometeram e não tenho dúvidas que em dois ou três anos a região centro vai afirmar-se no turismo nacional e recuperar o tempo perdido”, sustentou o responsável.Na concretização da agência destacou o papel da Naturtejo - entidade inter-municipal que promove o turismo na região dos concelhos de Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Nisa, Oleiros, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão.“Não conheci nenhuma região de Portugal que num ano fizesse tanto ou aproveitasse tanto em termos de turismo”, frisou.A agência Centro de Portugal pretende actuar em mercados de curta e média distância, embora com percentagens de investimento diferentes para cada um deles.Em acções de promoção e divulgação, Espanha leva quase metade (44 por cento) do bolo total de mais de um milhão de euros, seguindo-se a França com 14, 5 por cento, Inglaterra e Alemanha com nove por cento), e outros países europeus, inclui Holanda, Itália e Bélgica com percentagens inferiores.O Brasil e os Estados Unidos da América são outros destinatários das acções da marca Centro de Portugal, com um investimento de 6,29 e 3,14 por cento do montante disponível.“O mercado espanhol, especialmente para a região Centro, tem um fortíssimo potencial. É relativamente pouco organizado. Só 25 por cento dos espanhóis recorrem às agências de viagem e operadores turísticos. Há aqui uma grande margem, é um sector vital para Portugal” defendeu José Manuel Alves.Lusa