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Jaime Ramos acerta contas com a oposição

Pelouros na Câmara do Entroncamento todos nas mãos do PSD
O presidente da câmara do Entroncamento, Jaime Ramos (PSD), decidiu não atribuir pelouros ao vereador do, PS, Ezequiel Estrada, “por falta de confiança” política, o que motivou uma “guerra de palavras” entre a maioria social-democrata e a oposição.“Ao vereador Ezequiel Estrada não lhe atribuo qualquer pelouro pela falta de confiança mútua existente”. A frase do presidente da Câmara do Entroncamento caiu como uma bomba na sala de reuniões do executivo municipal, embora já fossem conhecidas as divergências políticas entre os dois autarcas desde o último processo eleitoral.Recorde-se que o independente Ezequiel Estrada era no anterior mandato presidente da Junta de Freguesia do Entroncamento eleito pelo PSD, tendo decidido nas últimas autárquicas integrar a lista socialista à câmara municipal, também como independente. Desde aí as relações entre Jaime Ramos e Estrada ficaram inquinadas e agora surgiu o acerto de contas.Alexandre Zagalo (PS) foi o primeiro a manifestar-se. Acusando Jaime Ramos de “discriminação negativa”, o vereador socialista que minutos antes tinha aceite o pelouro da zona industrial, acabou por recusá-lo após as declarações do presidente em relação ao seu colega de partido.“Não ficaria de bem com a minha consciência se, depois disto, aceitasse o pelouro”, afirmou o vereador do PS, adiantando não aceitar a função por uma “questão de solidariedade”.“Toda a gente sabe que o vereador Ezequiel Estrada esteve consigo no passado, foi eleito nas listas do PSD, agora diz que ele não é digno da sua confiança”, disse Alexandre Zagalo.Jaime Ramos respondeu-lhe à letra e o azedume aumentou na sala. “Ao contrário, foi o vereador Estrada que disse publicamente que eu tinha falta de ética, quebrando qualquer confiança que eu poderia nele depositar”, disse o presidente, adiantando que ,“antes que a percam, todas as pessoas merecem a minha confiança”.O presidente salientou ainda que os pelouros são seus e que a sua distribuição tem de ser feita na base da confiança mútua.Sem alterar o tom de voz Ezequiel Estrada afirmou não “ficar melindrado” com a decisão do presidente, adiantando “não lhe reconhecer capacidade para analisar e traçar o seu perfil”.“Não tem a ver com nada disso, nem com o seu profissionalismo, nem no desempenho das suas funções autárquicas, mas sim por uma simples questão de confiança... ou falta dela”.A “guerra” dos pelouros já tinha no entanto começado, quando Henrique Leal (Bloco de Esquerda) tinha pedido tempo para pensar se aceitava ou não o pelouro da cultura. “O senhor presidente levou este tempo todo a decidir, permita que eu também leve algum”, solicitou o vereador.Um pedido recusado de imediato por Jaime Ramos, que salientou ser ele a escolher o timing para a atribuição de pelouros. “Se tem de pensar eu decido já por si. Fico com o pelouro e se o senhor o quiser num futuro próximo vai ter de mo pedir publicamente”.

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