A revisão do Plano Director Municipal (PDM) de Santarém só deve ficar concluída dentro de seis ou sete anos. A previsão foi tornada pública pelo presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), durante a última sessão da assembleia municipal realizada quinta-feira. O autarca recordou que, apesar do que foi propalado pelo anterior executivo, a revisão do PDM tem apenas um ano de trabalho e que não se espera a sua conclusão no actual mandato.“Deve-se apontar para alterações que corrijam as injustiças em relação a algumas freguesias que estão asfixiadas no seu desenvolvimento. Mesmo com o atraso da revisão, todos os dossiês com pedidos de alteração vão ser remetidos para as entidades competentes”, sustentou Moita Flores.O líder do município esclareceu ainda que há cerca de 30 planos de pormenor em Santarém que se amontoam e que vão ser reapreciados por Nunes da Silva, um especialista do Centro de Estudos de Urbanismo do Instituto Superior Técnico, para verificar da sua viabilidade.“Não há dinheiro para responder a todos estes planos, alguns deles que já não se descortinam”, revelou. O deputado do PS, Martinho do Rosário, recordou que a revisão do PDM não demora tanto tempo. E considerou que é “para rir” a previsão de sete anos indicada pelo presidente da câmara. Martinho do Rosário sublinhou ainda que as reservas agrícolas e ecológicas estão inscritas na carta nacional e não podem ser alteradas por uma autarquia. Amanhã, o vice-presidente da autarquia, Ramiro Matos (PSD), reúne-se com elementos da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) e da Direcção Regional de Agricultura para analisar a situação.