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Variante de Assacaias

Acabo de ler em O MIRANTE que o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Santarém, em intervenção na Assembleia Municipal, se terá “questionado acerca do carácter decisivo” da construção da variante à linha do caminho-de-ferro, entre Assacaias e Santarém.Convirá informar o Sr. Presidente que aquele troço da EN 365 serve os habitantes de três freguesias do concelho que diariamente se deslocam para Santarém, a maior parte deles para trabalhar ou estudar.Essas pessoas, já perderam anos das suas vidas e muita da sua paciência nas esperas que acumulam diariamente nas passagens de nível de Assacaias, da Saúde, da Estação e da Ribeira. Adiar a obra outra vez, não, por favor.Foram precisos anos para convencer os anteriores responsáveis da necessidade de acabar com aquele suplício. Não se perca agora mais tempo a pensar no carácter decisivo de menos de meia dúzia de quilómetros de estrada. Foram feitos estudos, foram aprovados projectos, foram lançados processos de expropriação, não podemos agora voltar ao princípio.Questione-se, Sr. Presidente. Está no seu direito. Mas, por favor, não faça a população de Alcanhões perder mais tempo. Repare, senhor presidente, Alcanhões não tem acessos. A alternativa a esta estrada é a EN 3 que, entre a Póvoa e Santarém, é uma sucessão de semáforos e passadeiras para peões que, em certas horas, constituem um irritante e fastidioso obstáculo à abundante circulação que por ali se faz.Sou tentado a concordar que fazer esta obra neste momento, quando se perspectiva a alteração do traçado da linha do Norte, é pouco sensato. Mas, não nos deixemos trair pela ilusão: o actual traçado da linha do norte vai-se manter, mesmo que seja construída outra linha e a estação de Santarém mude de local, as zonas onde a EN 365 é inundável pelas cheias do Tejo, existem e vão-se manter. Além do que, não se sabe quantos anos ainda vai ser preciso esperar pela decisão e depois pela construção do tal novo traçado da linha do caminho-de-ferro.Se esta obra não se fizer, tudo terá que ser repensado. Alcanhões sofre por causa dos maus acessos que tem. Nunca foi, como outras populações foram, compensada de custos de interioridade ou de isolamento. Neste, como noutros projectos, Alcanhões tem sido prejudicada pelas indecisões e pelos adiamentos.Jaime Cunha – Alcanhões

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