No dia 23 de Janeiro ocorreu mais um atropelamento mortal na estrada nacional (EN 118) que atravessa Samora Correia. Tive oportunidade de passar no local, minutos depois e infelizmente deparei com um cenário horrível que me chocou profundamente. A vossa foto da semana publicada na última edição é reveladora da violência do acidente. O corpo do senhor foi literalmente esmagado por um camião. Desta vez a vítima desta morte cruel foi um homem incauto com 66 anos, mas poderia ter sido uma criança ou um jovem.Todos os dias faço esta travessia várias vezes e apercebo-me de que dezenas de pessoas, incluindo crianças, idosos e pessoas com dificuldade de locomoção passam naquela zona onde não há qualquer passadeira. O meu marido interpelou a Câmara Municipal de Benavente que me disse que a estrada é nacional e a Direcção de Estradas de Santarém não coloca mais passadeiras porque prejudica a circulação. Então e os peões? Têm de continuar a arriscar a vida? Quem é que se desloca 300 metros para passar numa passadeira? Para além da passadeira, temos de continuar a exigir a retirada dos camiões da Avenida O Século. Não trazem nenhuma vantagem e são geradores de perigo para os peões, de poluição atmosférica e sonora para todos nós, e de danos graves para os prédios em redor da Avenida. Os próprios camionistas ganham com a criação de uma variante porque é mais rápido, menos confuso e mais económico circular fora da zona urbana da vila.Não percebo porque é que não projectaram uma verdadeira variante a Samora Correia. Agora resta remediar e aproveitar o espaço existente. Temos de arrepiar caminho para que não morram mais pessoas esmagadas por camiões que não fazem nada dentro da vila.Se a tragédia se repetir, os cidadãos têm direito à indignação perante as autoridades que nada fazem para resolver este grave problema.Manuela Cruz-Samora Correia