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Arepa alarga horizontes no Porto Alto

Arepa alarga horizontes no Porto Alto

Associação envolve meio milhar de praticantes em nove modalidades

A construção de um segundo campo de jogos e a melhoria da comodidade do auditório são prioridades da Associação Recreativa do Porto Alto. A Arepa movimenta meio milhar de praticantes, cerca de 10 por cento da população.

O sintético das Fontainhas não descansa. Todas as noites há treinos de preparação. Os nove escalões de competição das escolinhas aos veteranos lutam por cada minuto de ocupação do campo. A Associação Recreativa de Porto Alto tem 170 futebolistas e continua a crescer. É preciso alargar as respostas.A construção de um segundo campo sintético para os mais pequeninos é a prioridade da direcção liderada por António José Lameiras, um vendedor de 57 anos, que viu nascer a associação há 13 anos. “A Arepa nasceu na casa do meu sogro Manuel Padre Santo”, recorda.A colectividade é a maior fonte de vida do Porto Alto. Movimenta cerca de 500 praticantes (10 por cento da população da localidade) em nove modalidades que vão desde o folclore ao cicloturismo, passando pela natação, ginástica, taekwondo e danças de salão. “Todos os dias temos actividades. A Arepa não pára”, frisa o presidente com o orgulho de quem dirige uma associação saudável.Nos últimos seis meses entraram mais de 60 novos sócios e já são 809 os inscritos que ajudam com uma quota mensal de um euro. O aumento de associados é mais um sinal de crescimento da associação onde tudo se faz a partir do voluntariado. Incluindo na equipa sénior de futebol, criada há apenas três anos. Esta época esteve a um passo de subir à I Divisão Distrital. “Não há dinheiro para nenhum jogador. No dia em que exigirem dinheiro de prémios, a equipa sai do campeonato, mesmo que seja na primeira divisão”, refere o presidente.Na Arepa, as mulheres dominam. Estão na liderança das várias equipas de futebol e têm um papel determinante na direcção. Há seis mulheres e cinco homens no executivo da Arepa. “É muito melhor assim”, garante o presidente que refere que as mulheres “têm outra sensibilidade e a sua presença gera mais organização e respeito entre os dirigentes”.Na área cultural e recreativa, a Arepa pretende dinamizar o seu auditório com mais actividades. Mas antes, vai ter de colocar um sistema de ar condicionado no auditório porque torna-se impossível estar naquele espaço de Verão e Inverno. A associação vai solicitar a ajuda da Câmara Municipal de Benavente para proceder ao investimento.“A câmara tem sido um parceiro de excelência da Arepa”, explica o presidente que considera que sem ao apoio da autarquia a colectividade nunca teria ido tão longe.Os outros apoios fundamentais chegam dos sócios, colaboradores e das empresas e comércio que a troco de publicidade ajudam a agremiação.António José Lameiras tem vários projectos para a associação, mas não quer criar ilusões e prefere avançar passo a passo. O orçamento de 80 mil euros anuais não permite alimentar ilusões.A nova legislação sobre transporte de crianças vai obrigar a uma renovação da frota. A Arepa tem cinco carrinhas que fazem milhares de quilómetros e ainda tem de recorrer a transportes das autarquias, alugados ou dos pais que ajudam a transportar os atletas. “Esta nossa missão deveria ser mais apoiada pela administração central”, conclui o líder da Arepa na véspera de mais uma festa do Porto Alto.Pela primeira vez, a associação chamou a si a organização, numa experiência que pretende continuar no futuro.Nelson Silva Lopes
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