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Senhora da Guadalupe é padroeira no Porto Alto

Festas recuperam componente religiosa

A procissão será um momento alto nas Festas em Honra de Nossa Senhora de Guadalupe que decorrem de quinta-feira a domingo no Porto Alto.

Domingo à tarde, um silêncio profundo invade as festas do Porto Alto, Samora Correia. É o regresso da procissão, sete anos depois do último cortejo religioso na localidade. Nossa Senhora de Guadalupe é a padroeira da festa cumprindo a vontade dos paroquianos locais.A realização da procissão e a mudança da data e da designação dos festejos são as maiores novidades. A festa chamava-se dos Santos Populares e decorria sempre na segunda semana de Junho, incluindo o feriado do dia 10.Carlos Falua, líder da comissão, explica que a mudança de data foi para tentar atrair ainda mais público, “evitando a coincidência com outras festas fortes na região”. Um núcleo de voluntários apoiados na Associação Recreativa do Porto Alto evitou a anunciada suspensão dos festejos e recuperou o seu cariz religioso. A organização conquistou a confiança da Arquidiocese de Évora que autorizou a realização do cortejo religioso e a utilização do nome de Nossa Senhora de Guadalupe como padroeira dos festejos.“Estamos muito satisfeitos porque era um desejo da população que estava a ser adiado de ano para ano”, disse Carlos Falua, o líder da organização seguindo a caminhada do seu pai César Falua, um dos fundadores da festa que continua a colaborar com a organização.Recorde-se que a procissão foi suspensa em 1999. Na sequência de um grave incidente ocorrido que envolveu o pároco da altura, José António Gonçalves.O sacerdote, entretanto colocado noutra paróquia, alegou que foi agredido e insultado por populares e que a procissão “foi profanada” e “perdeu o carácter religioso”. Várias comissões de festas, populares e as autarquias apelaram ao Arcebispo para que autorizasse a realização da procissão, mas o líder da Arquidiocese nunca cedeu, alegando que a festa não tinha cariz religioso e não se justificava a realização da procissão. Esta é a primeira festa com a chancela da Associação Recreativa do Porto Alto (Arepa). O presidente António José Lameiras disse a O MIRANTE que esta foi uma solução para dar credibilidade à organização depois de terem surgido “problemas” nos dois últimos anos. O líder da Arepa recorda que a associação foi criada também com o objectivo de realizar as festas, mas “nunca foi necessário porque se formavam comissões populares”. A partir de agora a associação tenciona assumir a organização e integrá-la no seu plano de actividades. “Enquanto eu cá estiver haverá festa organizada pela Arepa, garantiu António José Lameiras. Nelson Silva Lopes

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