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Um grito contra a poluição

Um grito contra a poluição

I Festival Internacional de Música do Alviela quer reunir mais de vinte mil jovens

O I Festival do Alviela promete ser um êxito. A organização quer reunir mais de vinte mil pessoas, na sua maioria jovens, e transformar as margens do rio, em Vaqueiros, num inovador recinto de espectáculos.

Durante os dias 15, 16 e 17 de Setembro, a freguesia de Vaqueiros (Santarém) vai abrir as portas ao I Festival Internacional de Música do Alviela (FIMAL). Uma iniciativa que pretende ser o maior grito de socorro na luta contra a poluição dos recursos hídricos. No painel dos artistas convidados constam nomes como Martinho da Vila, João Pedro Pais, D’ZRT, Fingertips, Expensive Soul, FF, e Crómio. O objectivo é utilizar a música como arma no combate pela despoluição do Alviela e, mais uma vez, fazer chegar o apelo às entidades competentes.Na sessão de apresentação do festival, que decorreu esta segunda-feira no restaurante Aromatejo, em Santarém, o presidente câmara, Francisco Moita Flores (PSD), depositou toda a confiança na iniciativa que vai transformar as margens do Alviela num verdadeiro palco de espectáculos. E fazer com que aquele rio seja notícia, não só pela catástrofe ambiental que ali se regista há cerca de trinta anos mas também pela música que lá se vai ouvir.“Este festival tem uma dupla vertente. Por um lado, a preocupação com a água, com a defesa desse bem precioso da humanidade. E, por outro lado, converter a água do Alviela num bem precioso para a região e para todos aqueles que dela usufruem, independentemente da sua origem. Porque o Alviela é património do país. Não é apenas património de Santarém, nem da região”, defende Moita Flores.Presente na apresentação do FIMAL, esteve também o presidente da Junta de Vaqueiros. “O Alviela neste momento, na minha terra, está castanho. E daqui a uns meses pode estar preto, porque não suporta o que para lá é drenado. Eu vivo lá há perto de cinquenta anos, olho todos os dias para o rio e não deixo de ficar chocado com aquela situação. De um lado são as vacarias, as pecuárias e as suiniculturas, e do outro, os problemas com a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Alcanena, que não funciona”, diz Firmino Oliveira.Os cantores João Pedro Pais e Edmundo (membro dos D’ZRT) marcaram também presença no arranque do FAIMA e mostraram-se satisfeitos por se terem associado à causa. Ambos garantiram que vão vestir a camisola do FAIMA e contribuir para a mobilização da opinião pública na luta pela despoluição do Alviela.Acessos garantidosaté VaqueirosCom o orçamento em aberto e sem patrocinadores completamente definidos, à excepção da Aqualia – empresa espanhola que vai integrar como parceira privada a empresa Águas do Ribatejo -, a organização do FAIMA está a cargo de uma produtora de espectáculos que deverá assumir a concretização do evento. À Câmara Municipal de Santarém caberá apenas o papel de garantir a adaptação do espaço para a realização do festival. Até porque Moita Flores ainda não conseguiu levar por diante a intenção de constituir uma empresa municipal para as áreas da cultura e turismo. O que lhe daria outra margem de manobra nessa área. Durante três dias, as margens do Alviela, na freguesia de Vaqueiros, vão transformar-se num verdadeiro recinto de espectáculos, com direito a parque de campismo, um palco principal para a realização dos concertos mais emblemáticos, uma tenda electrónica com a presença de DJ’s, um Marketplace, com uma vasta variedade de produtos de marchandising, e um parque de estacionamento. Durante o festival, prevê-se ainda a concretização de uma rede de transportes, para assegurar o acesso ao recinto, a partir de várias zonas da região e uma praça de táxis nas imediações do FAIMA.O preço dos bilhetes é de 10 euros por dia, ou 15 euros, caso se adquira o bilhete único que dá acesso ao recinto durante os três dias do festival.Carla Paixão
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