uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Valtejo Finicia mais atractivo que o Faime

Valtejo Finicia mais atractivo que o Faime

Concelho do Cartaxo é o primeiro a aderir ao programa de apoio a micro e pequenas empresas

O programa diminui a comparticipação das câmaras para 20 por cento do financiamento.

O programa diminui a comparticipação das câmaras para 20 por cento do financiamento. Os empresários do concelho do Cartaxo irão ser os primeiros a dispor de incentivos ao financiamento de projectos de investimento através do Valtejo Finicia.O programa que vem substituir e reforçar o Fundo de Apoio ao investimento das Micro Empresas (FAIME) foi apresentado e assinado esta sexta-feira para o concelho do Cartaxo.A Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém, Banco Espírito Santo, Garval – Sociedade de Garantia Mútua, Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (IAPMEI) e Câmara do Cartaxo são os parceiros do projecto para aquele concelho.O Valtejo Finicia destina-se a micro e pequenas empresas dos sectores da indústria, comércio, turismo, construção e serviços. O fundo poderá apoiar projectos de investimentos das empresas até 100 por cento das despesas elegíveis, no limite máximo de 45 mil euros por projecto. Oitenta por cento desse valor será disponibilizado pelo BES a taxa de juro preferencial (Euribor a seis meses, acrescida de spread de 1,25 por cento). O financiamento a conceder terá um período de reembolso mínimo de três anos e máximo de seis, com o máximo de um ano de carência de capital. Os restantes 20 por cento do financiamento serão disponibilizados pela Câmara do Cartaxo. O líder da autarquia, Paulo Caldas (PS), admitiu, no entanto, que metade da comparticipação camarária venha a ser financiada a fundo perdido tendo caso os projectos de investimento prevejam a criação de emprego.Entre as condições de acesso das empresas ao programa encontram-se, entre outras, a apresentação de uma situação económico-financeira equilibrada, situação regularizada com o fisco, segurança social e entidades financiadoras do fundo. Terão ainda que ter estabelecimento estável no concelho e disporem de contabilidade organizada de acordo com o Plano Oficial de Contas. A Nersant – Associação Empresarial de Região de Santarém e o núcleo local irá receber as candidaturas. O bolo global do Valtejo Finicia para o Cartaxo é de 500 mil euros. O presidente da Câmara do Cartaxo salienta a importância do Finicia Valtejo para as micro e pequenas empresas. “Temos que actuar e combater de forma agressiva pela produtividade, crescimento e emprego na região e esta é uma boa oportunidade para as empresas”, constatou Paulo Caldas.O presidente da Nersant, José Eduardo Carvalho, sublinhou que o Valtejo Finicia é mais organizado que o Faime (Fundo de Apoio ao Investimento das Micro Empresas implementado o ano passado sem grande sucesso) e minimiza o impacto do financiamento para as autarquias pela maior comparticipação do BES. A novidade é, também para José Eduardo Carvalho, a presença da Sociedade de Garantia Mútua – Garval no produto financeiro, com o objectivo de assegurar que parte do financiamento garantido pelo empresário é pago ao banco. O responsável da Garval, Rui Brogueira, recordou que o objectivo da sociedade passa por reduzir os constrangimentos das pequenas e médias empresas no acesso ao crédito, bem como todos os custos colaterais e financeiros envolvidos numa operação de crédito. A “cobertura” poderá ir até 75 por cento do crédito bancário. Nersant esperava mais do FaimeJosé Eduardo Carvalho reconheceu que esperava mais do Faime. Afirma que foi um passo positivo de apoio ao investimento numa região que era tratada de forma desigual mas esperava mais adesão do que as seis câmaras municipais e cerca de 30 candidaturas recebidas. O maior dinamismo verificou-se nos concelhos do Cartaxo e Abrantes.“A exigência de certidão de não dívida à Segurança Social e o rácio de autonomia financeira causaram algumas dificuldades às pequenas empresas”, explicou. O que, no entanto, se mantém como exigência no novo programa.Por parte do BES, entidade bancária que surge de novo associada ao fundo de investimento, Pedro Espírito Santo da Cunha incidiu sobre o mesmo tema.“O Faime teve um financiamento menor que o desejável para esta região, que é mais competitiva”, analisou. As empresas que recorreram ao Faime poderão ajustá-lo ao novo programa em negociação com o banco. Ricardo Carreira
Valtejo Finicia mais atractivo que o Faime

Mais Notícias

    A carregar...