Foi a 25 de Junho de 1836 que nasceu em Samora Correia a Companhia das Lezírias do Tejo e Sado. O Estado vivia um período complicado a nível das finanças e teve necessidade de alienar património. A empresa foi criada com o propósito de adquirir em hasta pública várias propriedades das casas da Rainha, do Infantado e da Patriarcal.A Companhia chegou a ter 40 mil hectares de terrenos, o dobro do que tem actualmente. A empresa detinha propriedades desde a Golegã até Alcácer do Sal no Alentejo. As terras foram arrendadas e os contratos passaram de geração em geração ao longo de dezenas de anos. Algumas propriedades foram vendidas em períodos de maior dificuldade para a Companhia.Em 1975, após o 25 de Abril, a empresa foi nacionalizada. Há dois anos, o governo do PSD preparou a privatização, mas com a chegada do PS ao poder a ideia caiu. A Companhia das Lezírias tem 20 mil hectares de terrenos no maior pulmão da região e tem apresentado lucros apreciáveis nos últimos anos. Os actuais administradores, o ministro da Agricultura, autarcas e populares defendem que a CL deve continuar nas mãos do Estado e pretendem consolidá-la como a maior herdade do país.