O pai de Cristina tinha um orgulho enorme na sua filha. Acompanhava todos os jogos em que ela participava e não era raro ouvi-lo a confessar o seu orgulho por ver a filha entrar em campo para tratar um jogador. Infelizmente faleceu pouco tempo depois.Antes do início do jogo a seguir ao seu funeral, Cristina foi chamada ao balneário onde já se encontrava toda a gente, e jogadores, treinadores e dirigentes dedicaram-lhe o jogo e a possível vitória. “Fiquei muito emocionada e no final não resisti e chorei”. “Chorei porque mesmo lutando muito os jogadores não conseguiram ganhar o jogo. Estiveram a perder e, só com um grande esforço, conseguiram chegar ao empate. No fim, muitos deles com as lágrimas nos olhos, vieram pedir-me desculpa por não terem conseguido oferecer-me a vitória. Abracei-os um a um e garanti-lhes que o carinho e a amizade que tinham demonstrado tinha sido bem maior do quer qualquer vitória. Foi o jogo que nunca mais esquecerei”, garantiu Cristina Clemente.