uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

PS e CDU forçaram acordo

Câmara de Santarém mantém taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis

O PSD justificou a proposta de aumento do IMI como meio para ajudar combater a dívida da autarquia, mas CDU e PS defenderam que os contribuintes não devem suportar mais esse esforço.

A taxa do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2007 no concelho de Santarém será a mesma de 2006. De 0,6 por cento para os prédios urbanos mais antigos e 0,4 por cento para os prédios urbanos avaliados pelo novo código do IMI.Os vereadores do PS e CDU não aceitaram a proposta inicial do PSD que previa o aumento para 0,7 por cento da taxa sobre prédios urbanos e para 0,45 por cento dos prédios urbanos no código do IMI. O que obrigou os social-democratas a ceder, face à possibilidade de chumbo da sua proposta já que têm maioria relativa.De acordo com o vice-presidente da autarquia, Ramiro Matos (PSD), tratava-se de uma proposta razoável de ligeiro aumento das taxas para ajudar a fazer face à elevada dívida da câmara, perante uma previsão orçamental de receita na ordem dos 700 mil euros. Ramiro Matos sublinhou que a repercussão do aumento das taxas entre os munícipes, de acordo com a proposta do PSD, iria registar uma variação de apenas 50 euros entre os que iram pagar mais e menos. E garantiu que a esmagadora maioria dos 21 concelhos do distrito aplica taxas de IMI iguais ou superiores à proposta apresentada pela maioria. Os argumentos não convenceram a oposição. O vereador Rui Barreiro (PS), anterior presidente da câmara, considerou injustificado o aumento da taxa do IMI face ao pouco tempo de aplicação dos valores estabelecidos para 2006.Pela CDU, Luísa Mesquita foi mais cáustica, considerando que se a receita prevista para o IMI não é muito significativa a taxa não devia ser alterada. E chamou a atenção para a incoerência da proposta da maioria em relação à taxa da derrama. “Se o problema é a dívida deviam também propor a taxa máxima para a derrama”, alertou em provocação a vereadora.PS e CDU chamaram ainda a atenção para o facto de o PSD não se ter esforçado por chegar a um consenso prévio sobre o assunto antes de apresentar a proposta ao executivo municipal. Ramiro Matos voltou à carga para defender a posição social-democrata. O autarca acusou a oposição de irresponsabilidade política por não permitir que a câmara possa gerir melhor as dificuldades encontradas. Na votação PS e CDU votaram a favor da manutenção das taxas em vigor, enquanto o PSD optou por se abster.

Mais Notícias

    A carregar...