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Pensem nos comboios e deixem os barcos em paz

Quando se entra no reino da utopia vale tudo. O que se passou num denominado Congresso do Tejo e foi objecto de notícia na última edição é um pouco anedótico. O Tejo é um rio internacional, não se discute numa tenda na Ribeira de Santarém com meia dúzia de bem-intencionadas personagens a mandar palpites para a plateia. Nos tempos em que o Tejo era navegável as mercadorias eram transportadas de barco. Depois veio o caminho-de-ferro e o transporte fluvial afundou-se. Nos nossos tempos a maior parte do transporte de mercadorias é feito por via rodoviária mas com o aumento do preço do petróleo é natural que se pensem noutras soluções. Pessoalmente acho que antes de nos voltarmos de novo para o transporte fluvial deveríamos ressuscitar o caminho-de-ferro. Para transportar mercadorias pelo Tejo não basta um rio navegável, é preciso barcos, portos, pessoal preparado para fazer aquele tipo de transporte, empresas. O caminho-de-ferro tem vantagens. Já há comboios, portos secos, pessoal, equipamentos, instalações. Só falta vontade política. Não vale a pena desviar atenções. O Tejo é importante e não são precisos congressos para provar essa importância. Há obra feita e outra que tarda. O transporte fluvial poderá vir a ter alguma importância mas não é a solução para as nossas actuais necessidades. Pensem lá nos comboios e deixem os barcos em paz.João C. Sarmento

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