uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Câmaras socialistas apoiam administrador da CULT

Autarca do PS defende António Torres e chama “ave de arribação” a Moita Flores

Carlos Catalão diz que António Torres tem uma capacidade técnica inquestionável e que só exerce as funções que os municípios lhe delegam. Uma posição que contraria a do presidente da Câmara de Santarém.

Os presidentes das câmaras socialistas que fazem parte da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) apoiam a continuidade de António Torres como administrador executivo desta estrutura. Quem o garante é o chefe de gabinete do governador civil de Santarém e membro da assembleia da CULT eleito pelo PS, Carlos Catalão. “Os presidentes de câmara do PS que fazem parte da comunidade urbana têm sido unânimes no apoio ao administrador. E os da CDU também têm tido uma postura de apoio”, disse Carlos Catalão a O MIRANTE, sublinhando que a capacidade técnica de António Torres é inquestionável. O que contraria a posição do presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), que na semana passada pediu a demissão do administrador executivo.Carlos Catalão considera que António Torres tem feito tudo pela comunidade urbana. “Não faz sentido uma ave de arribação que põe todo o trabalho em causa. Que tem estado numa posição de colocar-se em bicos dos pés o que não vai levar a lado nenhum”, comentou, acrescentando que o administrador executivo só tem dado cumprimento àquilo que os presidentes de câmara aprovam no seio da CULT. O membro da assembleia da CULT, eleito através da Assembleia Municipal de Santarém, considera que a comunidade urbana só tem força se todos os municípios remarem para o mesmo lado e existir união. “Em termos de união o presidente da Câmara de Santarém tem que ser mais razoável. Porque todos querem desenvolver a região e os seus concelhos em particular”, salientou. O socialista Carlos Catalão disse estar convencido que a razoabilidade vai chegar e que o presidente de Santarém “vai ficar do lado de cá da barricada”. Referindo-se a Moita Flores diz que “chegou há pouco tempo a Santarém e tem-se colocado na posição de paladino da defesa dos interesses de Santarém. Mas esquece-se que há 30 anos outras pessoas também têm defendido o concelho”. Recorde-se que Moita Flores dirigiu uma carta arrasadora a criticar a direcção da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo - liderada pelo socialista Sousa Gomes (presidente da Câmara de Almeirim) - e onde exige a demissão do administrador-delegado, que entende ter poderes a mais. Moita Flores disse que não volta a participar em mais reuniões da comunidade que, em seu entender, são comandadas pelo administrador, que classifica como um simples funcionário. E considera que a inércia está a arrastar a CULT para a destruição. Moita Flores aponta na carta que não acredita na constituição da empresa Águas do Ribatejo por o processo estar cheio de contradições. Considera grave e negligente o atraso que houve na elaboração da candidatura ao Fundo de Coesão no valor de 18 milhões de euros para apoiar investimentos na rede de águas. Uma candidatura que foi rejeitada há dois anos e que entretanto não foi reformulada, colocando-se em risco o encaixe dessa verba pela CULT no actual quadro comunitário de apoio. Critica ainda o silêncio que tem havido por parte da direcção da CULT, acusando-a de não fornecer todas as informações aos presidentes das câmaras. E conclui que não está disponível para a unidade e solidariedade no seio da comunidade urbana, porque os poderes que lhe foram entregues pelos eleitores estão a ser praticados por um funcionário (António Torres) que não responde perante o público.

Mais Notícias

    A carregar...