O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), apela à união no seio da Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo (CULT) para se conseguirem concretizar projectos estruturantes para a região. Acrescenta que é preciso trabalhar no silêncio e sem protagonismos e lembra que o administrador executivo, António Torres, é apenas um quadro técnico pois quem manda são os presidentes de câmara. A posição do autarca surge na sequência de uma carta do presidente da Câmara de Santarém, Moita Flores (PSD), dirigida à direcção da CULT, na qual são tecidas críticas à gestão da CULT e onde se pede a demissão de Torres. Paulo Caldas, que é vice-presidente da comunidade urbana, diz que é responsabilidade de todos “garantir a convergência de interesses e a unidade da CULT. Sem falsas unidades e sem exclusões”. E acredita que apesar das diferenças pessoais e políticas dos onze presidentes que compõem a junta da comunidade, esta vai conseguir agarrar de forma solidária e integrada os próximos desafios. Enuncia que esses grandes desafios do futuro são a criação dos projectos estruturantes intermunicipais para a apresentação de candidaturas aos fundos comunitários no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) que entra em vigor em 2007. E deixa um aviso: “Os municípios que pensarem trabalhar isoladamente os seus projectos não têm futuro, estão prestes a prestar um péssimo contributo à força dinâmica da região e, consequentemente, um mau serviço à população do concelho que representam”. O autarca informa que os municípios da CULT estão a concluir o Plano Estratégico da Lezíria (que visa apresentar candidaturas ao QREN). E que, “tal como no passado, todos os municípios que integram a comunidade vão fazer os possíveis por aproveitar ao máximo os fundos comunitários”. Considera que a CULT tem uma história de sucesso e é um projecto credível para o futuro da região. “Tem a força dos 11 presidentes de câmara. Tem muita força. É um espaço de concertação, de estratégia e de acção conjunta dos municípios da Lezíria”. E na defesa de António Torres sublinha que este “é um funcionário público, quadro técnico da CULT”. E que quem manda são os presidentes de câmara. Decisão sobre Águas do Ribatejo Sobre o processo Águas do Ribatejo (para gerir as redes de água e saneamento de nove municípios), reconhece que tem sido um processo difícil e um negócio de “dimensão bastante significativa” que tem grande impacto na vida dos habitantes da Lezíria. Acredita que uma decisão sobre a criação ou não da empresa está para breve, independentemente da decisão do Tribunal Administrativo de Leiria sobre o recurso de dois concorrentes preteridos no concurso para a escolha do parceiro privado.