Educação e protecção civil são as apostas da nova comissão política do PSD de Torres Novas, liderada por João Sarmento. Numa conferência de imprensa realizada a 16 de Setembro, os sociais-democratas criticaram a “política populista e demagógica” do PS e traçaram linhas de actuação para os próximos anos. Em cima da mesa esteve a carta educativa do concelho de Torres Novas, que mereceu duras críticas do PSD. Por estar desactualizada e não responder a questões centrais, como a definição de datas para a concretização de projectos previstos na mesma carta: “Falar em centros educativos e não avançar com os projectos é muito fácil. O pior é que se continuam a fechar escolas e as alternativas não existem”, diz João Sarmento.Elaborada em 2003, a carta educativa de Torres Novas prevê a construção de cinco centros educativos no concelho, e o encerramento de vários estabelecimentos escolares. No entanto, segundo o PSD, até hoje as informações constantes no documento, não foram revistas: “Não acreditamos que, a título de exemplo, a E.B.1 de Pé-de-Cão possua actualmente seis alunos matriculados como a carta refere como dados mais recentes. Ou o Jardim Infantil de Alcorochel funcione com oito crianças. Até porque estes estabelecimentos já encerraram”.Para a comissão política do PSD, “a educação deveria ser uma prioridade” nos planos de acção da autarquia, porque “é pela educação que se consegue uma melhoria da qualidade de vida”. “Para que é que serve um teatro sem público, um fantástico pavilhão sem actividade, ou uma grande biblioteca sem visitantes. É preciso perceber que não se fazem omeletes sem ovos. E que a educação é a base de tudo”, reitera João Sarmento. A criação de uma escola de trânsito e prevenção rodoviária, e a concretização de uma rota cultural concelhia, são exemplos dados pelo PSD como “medidas simples que poderão representar uma efectiva mais valia em termos educacionais”. O PSD aponta a protecção civil como a segunda prioridade do partido. Planear, prevenir e executar, são as palavras de ordem dos sociais-democratas, que defendem um maior investimento da autarquia em questões relacionadas com a protecção civil e o ambiente. “Entendemos que investir nesta área é garantir o futuro. O apoio aos bombeiros e à sua acção deve ser efectivo e não ser feito de acções mediáticas, com pompa e circunstância, como o lançamento da primeira pedra para um Lar dos Bombeiros, que afinal não passou dessa pedra”, defende o PSD.A elaboração ou revisão do Plano Municipal de Emergência, a inventariação de meios auxiliares de combate a fogos, as campanhas de prevenção, e a beneficiação de caminhos florestais, são apenas algumas das medidas apontadas pelo PSD, para prevenir e minimizar os riscos atempadamente.Carla Paixão