Moita Flores diz que está de pedra e cal
Marques Mendes deu apoio ao autarca após um ano de presidência na Câmara de Santarém
O edil de Santarém diz que está de pedra e cal até final do mandato e não poupa a postura de crítica constante da oposição na câmara
A manutenção do Museu da Cavalaria em Santarém, a construção de um novo centro de saúde no planalto da cidade e novo traçado da linha férrea do norte são algumas das conquistas recentes que o presidente da Câmara de Santarém reivindica ao fim de um ano de mandato à frente da autarquia. Francisco Moita Flores (PSD) revelou que em três meses de negociação com o Ministério da Saúde se conseguiu assegurar a construção do novo centro de saúde em dois anos.Perante cerca de 600 pessoas reunidas sexta-feira no salão Quinta Nova, onde a campanha eleitoral para a conquista da câmara arrancou há mais de um ano, Francisco Moita Flores confessou-se orgulhoso de ter aceite ser candidato à liderança da câmara. “Estou de pedra e cal nos próximos três anos”, afirmou.Muito crítico com a aposição camarária, que em seu entender, apenas critica e não apresenta propostas, Moita Flores recordou um dos últimos episódios. “Chumbaram vários planos para resolvermos os 80 milhões de dívida. Mas até se esqueceram de 30 milhões de euros para saneamento básico que deviam ser aprovados em assembleia municipal durante o anterior mandato. E eu é que sou o coveiro das Águas do Ribatejo”, ironizou o autarca.Moita Flores puxou dos galões e, ao longo de cerca de 45 minutos, enunciou obra feita para quem diz que só anuncia projectos. O novo edifício da Junta de S. Nicolau, a conclusão e pagamento dos jardins do Vale de Santarém, a requalificação dos largos do Rossio de Pernes, de Casével e da igreja em Abrã, a melhoria da estrada Ribeira de Santarém-Vale de Figueira e a rede de bibliotecas nas freguesias. Ressalvou no entanto que não lhe peçam para fazer em um ou dois anos o que foi “destruído em tanto tempo”. Para 2007, o autarca quer ganhar as “batalhas” da limpeza da cidade e da revisão do plano director municipal. Intervieram ainda na noite os presidentes da concelhia de Santarém, da distrital do PSD e da concelhia da JSD. O presidente da concelhia “laranja”, Ramiro Matos, salientou a importância de o PSD se abrir à sociedade e encontrar independentes de várias sensibilidades, e não enveredar por purismos ideológicos. “O PSD é um partido de princípios, tolerante e pela abertura à sociedade civil”, reforçou.O líder distrital, Vasco Cunha, recordou que no mandato do PS Santarém era um concelho esquecido, governado por “políticos de segunda e terceira”. O responsável social-democrata fez votos para que o exemplo de Santarém se estenda a outros municípios, principalmente a sul do distrito e em particular ao Cartaxo, de onde é oriundo. “Tem todo o apoio da comissão política distrital”, referiu Vasco Cunha, dirigindo-se a Moita Flores.O líder do PSD, Marques Mendes, chegou a meio da noite e realçou a ambição, credibilidade e honestidade que Moita Flores levou para Santarém, uma importante conquista para o partido. “Um autarca genuíno e de convicções que depois de construir uma vida profissional quis oferecer a sua experiência à vida pública”, elogiou.Ricardo Carreira
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