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Para ser alternativa temos de ter um candidato local

Nas próximas eleições, se for candidato, vai seguir a mesma estratégia?Não sei se serei candidato. Tenho coisas importantes para resolver na minha vida. Temos de ver o tempo.Quem é vereador dois mandatos, não ambiciona ser presidente de câmara?Pode ser, mas é preciso avaliar vários pontos. Tenho mais condições hoje que tinha em 2002, tenho mais experiência profissional e as pessoas reconhecem-me mais credibilidade. Não é inteligente, nem sério, dizer que sou candidato. As condições podem alterar-se e temos de apresentar o melhor candidato. Uma coisa é certa: temos de ter um candidato local.Não sente que perdeu fulgor com uma nova postura da CDU nos últimos meses?Nós não podemos andar sempre a criticar e a atirar tiros para o ar para não gastarmos todas as munições e ninguém acreditar em nós. Houve uma estratégia da nossa parte, não ganhámos as eleições, ficámos a 130 votos de eleger o segundo vereador e de, em conjunto com a CDU, termos o mesmo número de vereadores que o PS. Vimos indicadores que somos a alternativa a este poder. Com este quadro pensamos numa estratégia para construir algo de novo.Mas ainda não tem uma figura para preparar como candidato?Falta-nos essa figura, mas a seu tempo irá aparecer.A sua saída da liderança do PSD também foi estratégica?Foi uma saída normal de quem resolveu vários problemas do partido e achou que era a hora de sair. O PSD não é de um homem só, é de muita gente e tem de criar condições para ser alternativa de poder e ganhar as eleições em Vila Franca. Eu não posso ser vereador à segunda, quarta e sexta-feira e líder do partido nos outros dias.E a oposição interna?Não sei o que é isso. Ganhei todas as eleições enquanto fui presidente do PSD em Vila Franca.Quando os seus companheiros fazem campanha contra a coligação, não é uma oposição interna?Desconheço esses factos.E a coligação com o CDS-PP é para manter?Claro que sim. Estamos a trabalhar em conjunto e respeitamos as posições de cada um.Por vezes, parece que não falam a uma só voz na câmara e na assembleia?Não é verdade. Tem havido articulação e estamos muito satisfeitos com o trabalho do eleito do PP na assembleia Municipal. O Dr. Paulo Núncio é um excelente quadro do CDS.Um provável cabeça de lista que lhe pode fazer sombra?Nunca afastei as pessoas que têm competência. Não tenho medo nenhum de quem é muito bom e os melhores são sempre bem vindos.A nova Lei das Finanças Locais faz depender ainda mais os municípios do poder central. Vila Franca pode ser beneficiada pela proximidade entre socialistas?Não tenho dúvidas que esta lei vai aumentar a promiscuidade entre as câmaras socialistas e o governo. Estou ansioso por ver o que a senhora presidente vai fazer em relação ao IRS. Como é que vai explicar os critérios aos munícipes.A senhora presidente só aparece para cortar fitas. Quando tem que enfrentar as pessoas para justificar as medidas impopulares foge como o diabo da cruz.Porque é que o comércio está como está e as empresas saíram de Vila Franca? Porque não há poder de compra em Vila Franca e porque este concelho foi mal gerido olhando para estudos e planos sem consequência.Não acredita nos estudos realizados pelos melhores técnicos e bem pagos?Há muitos estudos. A senhora presidente andou a entreter a malta com os estudos no último mandato e continua a estudar. Alguns estudos, como o plano de salvaguarda são compilações de planos anteriores que a câmara já tinha. A presidente contrata as pessoas para fazer o que ela quer. Isto não é nada.Tem 34 anos e já anda na política há muito tempo. Está arrependido de alguma coisa ?Só me arrependo de não ter dado mais tempo às pessoas de quem gosto e de ter sido pai só agora. Tudo o resto dá-me um prazer imenso.Era capaz de dizer o que disse nesta entrevista na cara da senhora presidente?O que digo aqui já disse na reunião de câmara à senhora presidente. A senhora não tem estratégia, governa olhando pelo retrovisor e quem governa a olhar para trás, um dia destes vai bater. O PS faz uma gestão política de barata tonta: Vejam a questão do TGV onde a câmara não assumiu a sua responsabilidade e não apresentou nenhuma medida ou alternativa. É uma governação subserviente que não é responsável.

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