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Uma barreira chamada Estado

A questão das barreiras arquitectónicas, que afecta a vida de muitos cidadãos com mobilidade reduzida, é demasiado séria para ser transformada em folclore. Todos os anos, em datas certas, lá ouvimos as mesmas declarações de intenções dos políticos, as mesmas manifestações de indignação dos afectados e associações que os representam, em suma, assiste-se ao choradinho do costume. Entretanto o calendário prossegue a sua marcha inexorável e tudo - ou quase tudo, sejamos justos – continua na mesma.O esforço realizado por entidades estatais e privadas tem sido muito pouco para que se lhe possa reconhecer algum mérito. Há exemplos flagrantes em Santarém por resolver há anos e que têm sido denunciados com regularidade. A estação dos Correios não possui acesso para deficientes, carrinhos de bebé ou pessoas a quem simplesmente custa a andar. As escadas são obstáculos até agora incontornáveis.O tribunal tem uma rampa de acesso ao rés-do-chão, mas quem tiver que subir ao primeiro andar não tem como. Elevador não existe. Tal como na própria câmara municipal a quem queira assistir a uma reunião do executivo. Falo de Santarém porque é a realidade que conheço melhor. Mas não custa adivinhar que a maior parte dos edifícios com serviços públicos não estão adaptados para receber esse tipo de utentes. Esperemos que a nova legislação venha mudar o actual panorama e que a prolixa veia legisladora desta vez tenha correspondência prática. Porque já chega de boas intenções e de assobiar para o ar.João Calhaz

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