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Maioria social-democrata em Tomar aprova orçamento municipal de 43,7 milhões

Maioria social-democrata em Tomar aprova orçamento municipal de 43,7 milhões

Oposição considera que o valor das receitas previstas está inflacionado

A maioria social-democrata na Câmara de Tomar aprovou segunda-feira o orçamento e as grandes opções do plano para 2007. A oposição votou contra por considerar que muitas das receitas previstas são “irrealistas”.

O betão continua a ser uma prioridade para a Câmara de Tomar e por isso a rede viária continua a levar a grande fatia dos 23,4 milhões de euros de investimentos orçamentados para 2007. A maioria social-democrata justifica a opção afirmando que, para se tornar mais competitivo, o concelho ainda precisa de estradas, nomeadamente entre a sede e as freguesias. Mas a oposição contrapõe, afirmando que grande parte do investimento orçamentado vai servir apenas para pagar obras já em curso ou em fase de adjudicação.Os 43,7 milhões de euros orçamentados para o próximo ano baseiam-se, segundo a oposição, em dados “irrealistas”. PS e Independentes consideram também que o documento reflecte a veia despesista da maioria apesar da contenção anunciada pelo município. Salientam o facto de as despesas com pessoal representarem quase 50 por cento do total das despesas correntes (9,67 milhões de euros de um total previsível de 20,2 milhões) e de a câmara querer fazer “o milagre da multiplicação dos pães” no que respeita às receitas totais.“É óbvio que algumas das receitas que estão no documento são inventadas”, afirmou na reunião de segunda-feira o vereador Pedro Marques, dando alguns exemplos, como a venda de bens de investimento. “Como é possível a câmara prever 3,9 milhões de euros de encaixe com a venda de bens de investimento (terrenos, edifícios e outras habitações) quando em 2005 – estranhamente não há dados de 2006 – a receita líquida daí proveniente foi de míseros 36 mil euros?”, questionou o vereador.Os Independentes também não conseguem ainda perceber os 3,8 milhões de euros previstos arrecadar com os impostos indirectos/loteamentos e obras, por ser “quase dez vezes o valor arrecadado em 2005”.Apesar de comungarem de algumas das preocupações da maioria sobre a área ambiental - nomeadamente no que respeita à elaboração de estudos sobre o comportamento do rio Nabão e de algumas ribeiras do concelho em situação de cheia -, os vereadores da oposição consideram que isso é muito pouco para aprovarem um orçamento que, como diz o PS, continua a desviar as atenções dos problemas estruturantes. E dos reais anseios da população.
Maioria social-democrata em Tomar aprova orçamento municipal de 43,7 milhões

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