A ausência de verbas no Orçamento de Estado para a despoluição do Alviela e para a construção de vias no distrito de Santarém é contestada pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) que acusa o PS de ignorar reivindicações de autarcas socialistas. Em comunicado, o partido considera que, durante a discussão e votação na especialidade do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), o PS demonstrou “uma postura simultaneamente arrogante e de falta de transparência” porque rejeitou todas as propostas da oposição, “algumas das quais são defendidas inclusivamente por autarcas ‘rosa’ do distrito” de Santarém.No documento, o PEV recorda que “nenhuma das propostas comportava aumento de despesa pública”, já que as verbas eram retiradas de “montantes globais não especificados do PIDDAC (que podem ser considerados verdadeiros sacos azuis, pela falta de transparência que traduzem)”.A despoluição do leito e margens do rio Alviela, a Ampliação e reformulação da Estação de Tratamento de Águas Lixiviadas (ETAL) do Aterro da Raposa (Almeirim) ou a criação do Sistema de Monitorização da Qualidade da Água da Barragem de Castelo de Bode foram algumas das propostas chumbadas pela maioria. O PEV propôs também a conclusão da ETAR de Alcanena, a recuperação do Mouchão Parque em Pernes (Santarém), ou o saneamento básico das encostas do planalto da cidade de Santarém, mas também sem sucesso. Noutras questões, os deputados do PEV apresentaram propostas para a construção da variante à Estrada Nacional 3 (EN3) em Santarém, do IC3 (troços Entroncamento-Golegã-Chamusca e Almeirim-Chamusca), duas novas pontes sobre o Tejo em Constância e Barquinha, novos tribunais em Alcanena e Almeirim ou novas instalações escolares para a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, entre outras iniciativas. Todas as iniciativas têm sido defendidas pelos autarcas da região, muitos deles eleitos pelo PS, como Almeirim, Alpiarça, Golegã ou Rio Maior, refere ainda o PEV.