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Orçamento da Câmara de Coruche aprovado na assembleia municipal

PSD e CDU dão benefício da dúvida e abstêm-se na votação do documento que prevê orçamento de 20,38 milhões
As abstenções das bancadas da CDU e do PSD permitiram que a proposta de orçamento e grandes opções do plano para 2007 da Câmara de Coruche fossem aprovados sexta-feira pela assembleia municipal. Os socialistas votaram a favor do documento. O orçamento ascende a 20,38 milhões de euros, menos cerca de três milhões que o de 2006. Para o presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), trata-se de um orçamento de contenção e rigor. Que visa o pagamento de obras que estão em andamento e perspectiva outras. Dionísio Mendes enumerou algumas condicionantes que justificam o aperto de cinto. Como a previsão de decréscimo de receita da derrama, a estagnação das transferências do orçamento de Estado, penalizadas pela taxa de inflação, e a contribuição para a Caixa Geral de Aposentações que sobe até aos 15 por cento. “Ainda assim será possível concretizar o jardim de infância da Azervadinha até final do primeiro semestre, iniciar o loteamento municipal do Biscainho, concluir o arranjo urbanístico da entrada norte da vila, desde a rotunda até ao castelo, e concluir a infra-estruturação da zona industrial do Couço”, exemplificou o autarca. O estádio municipal deverá ser concluído até Abril e montados relvados sintéticos no Couço e na Branca.Para a CDU o documento peca por prever o aumento das despesas com horas extraordinárias em 6,7 por cento e manter as verbas para “festas e festarolas”. A coligação (tal como o PSD) critica ainda a ausência dos prometidos projectos de nova biblioteca e quartel dos bombeiros municipais. Armando Rodrigues lembrou que o parque de negócios está “defunto” e que a promessa de apoio à construção da nova sede da Sociedade de Instrução Coruchense se vai arrastando de ano para ano. O vogal quer ainda saber quanto custa o boletim municipal, que tem edições de dez mil exemplares em formato de revista.Na mesma linha crítica os presidentes das juntas da Fajarda e Couço, ambos da CDU, lamentaram o facto de nenhumas das propostas que apresentaram terem sido aceites pela maioria camarária. Dionísio Mendes lembrou que as juntas aprovaram o protocolo de transferências que nesta altura criticam. E refutou que esteja a haver um aumento das horas extraordinárias, enumerando valores desde 2001, quando atingiu 270 mil euros, face aos 160 mil previstos para 2007. “Aprovámos 54 por cento das propostas do PSD e 58 por cento das propostas da CDU”, acrescentou. Pelo PSD, Francisco Gaspar constatou a ausência de “obras fundamentais” como a nova biblioteca e o quartel dos bombeiros, e considerou preocupante a previsão de diminuição da receita da derrama para 2007 e a falta de projectos para habitação social ou de custos controlados. “Esperamos que a diminuição do orçamento não signifique a redução do investimento camarário, em linha com a política do PS no país”, sublinhou o social-democrata.Receita da derrama em queda O orçamento da Câmara de Coruche para 2007 ascende a 20,38 milhões de euros. As despesas correntes somam cerca de 12,3 milhões de euros, com 6,2 milhões a corresponderem a despesas com pessoal. As verbas para investimento atingem 8,15 milhões de euros. Dos impostos directos municipais, 501 mil euros serão provenientes da derrama (688 mil euros em 2006). O Imposto Municipal sobre Imóveis tem uma previsão de 1,1 milhões. O orçamento da assembleia municipal, proposto pela presidente da mesa, Fernanda Pinto (CDU), de cerca de 54.300 mil euros tem uma rubrica de 36.500 euros. O restante é assegurado pelos serviços da câmara.As transferências para as oito freguesias do concelho cifram-se num total de cerca de 460 mil euros. Em matéria de empréstimos, até final de 2007 a câmara prevê ter pouco mais de sete milhões de euros de capital em dívida. Montante referente à construção do estádio municipal, piscinas, rede viária e compra de terrenos e obras de saneamento básico. A capacidade de endividamento da autarquia situa-se nos 51,69 por cento.

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