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Orçamento da Câmara do Cartaxo só com votos favoráveis da maioria socialista

Proposta contou com a abstenção dos vereadores do PSD e a CDU votou contra
O vereador da CDU na Câmara do Cartaxo, Mário Júlio Reis, foi a única voz discordante na votação da proposta de orçamento da autarquia e grandes opções do plano para 2007 na reunião de quinta-feira. O orçamento foi aprovado com os votos dos vereadores maioria PS e a abstenção dos dois vereadores do PSD. Manuel Jarego e Manuela Estêvão justificaram a sua votação com o facto de o documento prever acções determinantes para o saneamento financeiro da câmara. Caso da antecipação de receitas da EDP (7 milhões de euros) a aguardar decisão do Tribunal de Contas, a criação da empresa municipal que vai construir o novo pavilhão muncipal e a constituição da sociedade gestora, Valleypark, do novo parque de negócios. “Achamos urgente dar dignidade aos cargos políticos e não estar do lado da politiquice e do bota abaixo”, referiu Manuela Estêvão.O presidente da câmara mostrou-se satisfeito com a votação do documento que considerou de “rigor e contenção”. Paulo Caldas (PS) congratulou-se sobretudo com a posição do PSD. “É um bom sinal para o Cartaxo. É normal que o façam com o desenvolvimento empresarial, descentralização para freguesias e investimentos previstos nas áreas da acção social, educação e cultura e na construção do novo pavilhão municipal”, referiu. E considera que os actuais vereadores sociais-democratas têm uma postura diferente dos do anterior mandato. “Elementos que sempre votaram contra, com uma postura de bota abaixo, crítica destrutiva e acintosa com a qual o concelho ficou a perder”, recordou.Apesar da abstenção, Manuel Jarego mostrou preocupação pelo crescimento dos encargos com juros, de 449 mil euros para 870 mil euros por ano, e o aumento das despesas com pessoal. Os vereadores defenderam ainda a necessidade de a autarquia avançar para a despoluição das linhas de água e construção de estações de tratamento de águas residuais, entre outras acções.O voto contra de Mário Júlio Reis teve por base a diminuição prevista de 20 por cento nos apoios às associações do concelho. “Se há que poupar não deve ser na cultura e desenvolvimento pessoal. É notório o desapoio a grupos, associações e colectividades”, observou. Lamentou ainda que estejam por cumprir protocolos com associações referente a 2005.O presidente da câmara reconheceu uma descida de 20 por cento no investimento em infra-estruturas mas não na actividade regular de clubes e associações. Advertiu que os que beneficiaram de grandes investimentos nos últimos anos “já têm a cana para pescar” e que em 2007 verão contabilizados no orçamento todos os apoios financeiros e logísticos.O vereador da CDU registou ainda pela negativa o aumento dos custos com pessoal para 6,2 milhões de euros (5,6 milhões em 2006) e do valor das horas extraordinárias (383 mil euros), considerado “demasiado elevado”. Criticou ainda a falta de investimento em habitação social e de construção a custos controlados.Com um orçamento de 31,8 milhões de euros para 2007, o financiamento assegurado é de cerca de 15 milhões. O Imposto Municipal sobre Imóveis deverá arrecadar 1,37 milhões de euros, enquanto a derrama se fica nos 305 mil euros. Em 31 de Dezembro de 2007 a autarquia prevê ter um endividamento à banca de mais de 12 milhões de euros.

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