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31 anos do jornal o Mirante

Manuel Henriques

34 anos, cabeleireiro, Castanheira do Ribatejo

“Sinto-me bem em Castanheira do Ribatejo. É aqui que resido há quase 20 anos e é aqui que trabalho. É um sítio pacato, onde quase toda a gente se conhece, o que é bom em termos de segurança. Não é tão perigoso como viver nas cidades”

Como celebrou a passagem de ano?Passei numa colectividade da Portela de Azóia (Santa Iria de Azóia). Fui integrado num grupo com cerca de 20 pessoas, entre amigos e familiares, e estive por lá até cerca das 03h30 da manhã. Pelo meio comi, bebi e dancei.O que perspectiva para 2007?As perspectivas são pouco animadoras. De uma maneira geral, as pessoas em Portugal não têm dinheiro para gastar e eu não fujo à regra. O Governo sobe cada vez mais os impostos e o aumento dos ordenados não está a acompanhar a inflação. Nós, o povo, caminhamos na mesma. Ou pior até…O que sugeria para mudar o rumo dos acontecimentos?O ideal seria combater o desemprego com mais postos de trabalho e um ajuste no aumento de ordenados como forma de fazer subir o nível de vida da classe baixa/média em Portugal. O resto viria por acréscimo. Mas, pelo contrário, o Governo penaliza cada vez mais os desfavorecidos, o que é uma política completamente errada.A oposição em Portugal está à altura?A oposição não é credível. Aliás, não acredito na classe política portuguesa e tenho a certeza que muita gente pensa como eu.Que acontecimentos mais o marcaram pela negativa em 2006?Para além da crescente tensão existente com o conflito do Iraque, o regresso do Irão ao programa nuclear, através do enriquecimento de urânio, está a causar-me grande apreensão. Outro dos pontos negativos diz respeito à Coreia do Norte, que persiste no eterno braço de ferro com os Estados Unidos, mais uma vez por causa do programa nuclear dos norte-coreanos. No ar pairam ameaças de mais guerras um pouco por todo o mundo, algumas delas que podem ser devastadoras.   E pela positiva?Está-se, finalmente, a apertar o cerco aos alegados corruptos do futebol português, no âmbito do processo “Apito Dourado”. Só espero que nada vá a cair em saco roto e que os tribunais condenem quem efectivamente tiver praticado actos de corrupção desportiva. O mesmo com o processo “Casa Pia”.Como se sente a viver em Castanheira do Ribatejo?Sinto-me bem nesta terra. É aqui que resido há quase 20 anos e é aqui que trabalho. É um sítio pacato, onde quase toda a gente se conhece, o que é bom em termos de segurança. Não é tão perigoso como viver nas cidades. Depois, a proximidade com Vila Franca facilita a vida em termos de comércio.Tem filhos?Tenho uma filha de sete anos. Está já na segunda classe e posso dizer que sou um pai com sorte, porque ela gosta mesmo de andar na escola. É também uma filha irrequieta, de manhã à noite. Receia o futuro da nova geração?As perspectivas não são as melhores. O desemprego está cada vez mais acentuado. Nem as pessoas com o dito “canudo” se safam. Houve-se com frequência nos noticiários de licenciados que estão no desemprego. No entanto, estou confiante que a minha filha vai ter um futuro risonho.

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