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As câmaras não devem passar filmes

A pouco e pouco desaparecem os cinemas. A procura não é suficiente e eles fecham por causa disso. Sou leitor de O MIRANTE e lembro-me de referências ao desaparecimento de cinemas em Vila Franca de Xira, Santarém, Tomar, Torres Novas e Entroncamento. Há outros que continuam mas a situação não é animadora. Os espectadores estão a diminuir. As últimas vezes que fui ao cinema a Lisboa não estava muita gente nas salas. Numa delas não seríamos mais de catorze ou quinze espectadores. Esta situação tem a ver com a tradicional preguiça e com a crise económica. Os bilhetes de cinema são muito caros e os jovens, que são os que mais vão ao cinema preferem gastar o pouco dinheiro que têm noutros divertimentos. Os pais ficam em casa a ver DVDs nos seus sistemas de home-vídeo. Mas o que eu acho errado é aparecerem algumas câmaras municipais a substituírem-se aos empresários do ramo. Se eles estavam a ter prejuízo é evidente que as câmaras também vão ter prejuízo. E é o erário público que vai pagar. E pagar para quê? Para a promoção da cultura? Claro que não. Vamos pagar todos para ter salas às moscas. Que uma câmara municipal do interior tenha uma sessão de cinema semanal, por exemplo, acho bem. Há terras onde nenhum empresário arrisca explorar uma sala. Que uma câmara municipal pague um concerto ou um bailado de vez em quando também concordo porque não há muita gente a arriscar apresentar espectáculos nas zonas com poucos habitantes. No caso do cinema discordo completamente. É um desperdício.Clara

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