uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Vereadora comunista ataca PS pelo protelamento das obras na Ribeira de Santarém

Vereadora comunista ataca PS pelo protelamento das obras na Ribeira de Santarém

Luísa Mesquita considera “inqualificável” que tenha sido inviabilizada a discussão de um empréstimo na assembleia municipal
A vereadora da CDU na Câmara de Santarém não perdoa aos eleitos do PS que inviabilizaram na assembleia municipal a contratação de um empréstimo de 6 milhões de euros pelo município para obras de requalificação urbana na Ribeira de Santarém e Alfange. Na reunião do executivo de segunda-feira, Luísa Mesquita disse que o que se passou na sessão da assembleia de 29 de Dezembro “é inqualificável politicamente”. Até “pelas responsabilidades que o PS tem no projecto Almargem”, lembrou numa alusão ao facto de esse ser um projecto da responsabilidade do PS quando ainda era presidente da câmara José Miguel Noras, há dois mandatos. “Toda a gente sabe, basta ter olhos, que a requalificação ribeirinha no Tejo só não aconteceu no concelho de Santarém. Propositadamente, maleficamente, abandonaram a Ribeira de Santarém”, afirmou a vereadora comunista, que prosseguiu: “Com todos estes pesos nas costas, era no mínimo exigível que o PS na assembleia municipal não tivesse a coragem de protelar ainda mais a intervenção na Ribeira que já devia estar feita há anos”. Concluiu dizendo que “o PS é responsável pelo que não se fez na Ribeira” e pediu “que a população não se esqueça disso e de exigir deste executivo e da assembleia municipal que se requalifique a zona ribeirinha”.Recorde-se que a bancada do PS na Assembleia Municipal de Santarém votou contra a introdução desse ponto na ordem de trabalhos da última sessão, o que aliado às abstenções dos eleitos do Bloco de Esquerda e do CDS/PP impediu a maioria de dois terços necessária. Os socialistas alegaram que receberam os documentos referentes ao empréstimo com apenas 48 horas de antecedência. Prazo que consideraram escasso para análise de um assunto daquela importância. Embora o presidente da mesa da assembleia tenha confirmado que os documentos foram entregues dentro dos prazos legais.A posição do PS gorou o encaixe de seis milhões de euros para as segunda e terceira fases do projecto Almargem, que podia ser obtido através de um empréstimo em regime de excepção ao abrigo do Orçamento de Estado de 2006. Por isso tinha de ser contratado até final de Dezembro. A mesma cláusula de excepção poderá ser aberta em 2007, mas entretanto perdeu-se tempo, como referiu o vice-presidente da câmara Ramiro Matos. Recorde-se que a autarquia escalabitana tem a capacidade de endividamento esgotada, não podendo recorrer à banca a não ser a título excepcional. Como era o caso.A defesa dos socialistas foi feita pelo vereador Rui Barreiro, que na câmara havia aprovado a contratação do empréstimo sem questionar questões como a do prazo de entrega dos documentos. Desta vez o ex-presidente agarrou-se a esse e a outros argumentos - como o da proposta não estar devidamente fundamentada e de poder ter sido agendada mais cedo – para tentar justificar a atitude dos seus camaradas na assembleia. O que levou o presidente da câmara Francisco Moita Flores (PSD) a dizer que aquela discussão era “extemporânea” pois devia ter sido feita quando o assunto foi analisado no executivo. “Não temos razões para discutir isso aqui, porque aqui nós já nos entendemos”, afirmou o autarca garantindo que voltará ao assunto na sessão da assembleia municipal da próxima sexta-feira.Para Moita Flores “o cerne da questão é outro”. “É que o PS na câmara votou de uma maneira e o PS na assembleia votou de outra”, afirmou o presidente da câmara lamentando a “política do bota-abaixo seja a que preço for” de “um PS tresloucado, ressabiado, cheio de ódios e raivas”.
Vereadora comunista ataca PS pelo protelamento das obras na Ribeira de Santarém

Mais Notícias

    A carregar...