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31 anos do jornal o Mirante

Helena Duarte

31 anos, advogada, Santarém

“Santarém esqueceu-se do Tejo. Há outras cidades ou vilas ribatejanas que aproveitam esse facto mas Santarém ainda não. Digo ainda, porque tenho esperança que as coisas mudem”

De quem é a culpa dos atrasos na justiça? Os atrasos na justiça dependem de vários factores: Do elevado número de processos distribuidos a cada juiz, de determinados processos que se evitariam com uma “boa conversa”, da burocratização dos processos... E do hábito instalado que a justiça é lenta, o que por vezes convém, por vezes não!Conte um dos episódios caricatos que já passou num tribunal…Num dos primeiros casos, numa acção de divórcio, aquando da primeira conferência, a juiz questiona os cônjuges sobre as suas intenções em se divorciarem. A mulher afirma com toda a convicção que essa era a sua intenção. Quando questionado, o marido diz: “Só aceito o divórcio porque a minha advogada (naquele caso eu) me disse que seria melhor. Por mim, não queria divórcio nenhum, mas a doutora disse para eu dizer que sim…”. Os fumadores respeitam a proibição de fumar em determinados locais?Os fumadores, sobretudo, não se conformam de não poder fumar em todos os locais. Há fumadores mais conscenciosos que respeitam os outros e há os mais revoltados que os ignoram! Neste caso, como noutros, “respeitar” é difícil.Como classifica os autarcas?Há os bons e os maus. Muitas vezes o meio que os rodeia não é o mais “saudável”. Depois, existe a ideia generalizada da inércia e da ineficácia de todo o trabalho que envolve ou que está dependente das autarquias. E quem lá trabalha, muitas vezes, acomoda-se a essa ideia.Algum dia vamos ter o mesmo nível de vida que os países mais desenvolvidos da Europa?É difícil de atingir, a curto prazo, o nível de vida desses países, porque o salto seria grande, muito grande e não se podem saltar anos de cultura, desenvolvimento económico-financeiro, mudança de mentalidades. Há que aprender com as boas práticas e até com os erros desses países para assim melhorar o nível de vida.Do que é que fugia a sete pés?Regra geral, tento fugir de tudo o que não gosto, das pessoas negativas, dos ambientes deprimentes, das “coisas com pouco sabor”. Há que aproveitar a vida de alma cheia e espírito aberto.A vida é demasiado séria para ser levada a brincar?A vida é demasiado simples para ser transformada em complicada.A região tem sabido aproveitar as potencialidades turísticas? Santarém esqueceu-se do Tejo. Há outras cidades ou vilas ribatejanas que aproveitam esse facto mas Santarém ainda não. Digo ainda, porque tenho esperança que as coisas mudem.Concorda com a demolição da actual praça de toiros de Santarém e a construção de uma nova?Afectivamente, não. Cresci nos arredores da praça de toiros, acho que traz alegria à cidade nos dias de corrida e só não traz noutros porque não é aproveitada como devia. Acho que aquele espaço devia ser remodelado e aproveitado para outros espectáculos.

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