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Skaters de todo o país disputaram prova em Vila Franca de Xira

Skaters de todo o país disputaram prova em Vila Franca de Xira

Público vibrou com a qualidade da segunda etapa do circuito nacional

A segunda etapa do circuito nacional de skate encheu o parque urbano do cevadeiro. Os atletas ribatejanos tiveram um bom comportamento, com destaque para a escalabitana Rita Brilhante, primeira entre as senhoras.

O Pavilhão do Parque Urbano do Cevadeiro, em Vila Franca de Xira, foi palco a 27 e 28 de Janeiro, da segunda etapa do Circuito Nacional Etnies Skate 2006/07. Com o regresso de alguns skaters de nomeada, a prova, organizada pelo Radical Skate Clube em conjunto com a Câmara Municipal de Vila Franca, registou a presença de praticantes de norte a sul do país e teve ainda o condão de fazer vibrar o considerável público que lotou por completo a única bancada existente.Fruto de uma exibição bem conseguida, Chris Pfanner não deu hipóteses à concorrência, ao vencer a competição no escalão profissional, na variante Street, à frente de Hélder Lima e Ruben Rodrigues. Expoente máximo do skate nacional no sector feminino, a escalabitana Rita Brilhante foi a melhor entre as participantes do sexo feminino.A atleta de 23 anos encontra-se a disputar o escalão amador por não existir ninguém, entre as mulheres, a competir no profissional. No entanto, tal facto não a impede de continuar a conquistar bons resultados. Vencedora de todas as etapas do Circuito Nacional de 2004, a atleta de Santarém foi ainda eleita, em 2005 e 2006, a melhor skater feminina em Portugal, distinções que acumulou com a participação numa etapa do circuito mundial, em 2005, e outra no circuito europeu, em 2006, respectivamente.Rita Brilhante, que vive actualmente em Cascais, disse também não esquecer as suas origens. “Sempre que vou visitar a minha família a Santarém levo comigo o meu skate. No entanto sinto dificuldades em treinar na cidade porque mal ponho a tábua no chão, ou no Largo do Seminário ou na zona do Lago dos Jardins das Portas do Sol, é hábito a polícia ser alertada por transeuntes”, constatou. “É uma pena que a autarquia escalabitana não construa um skateparque à imagem do que existe, por exemplo, em Almeirim”, queixou-se a propósito.A prova de Vila Franca de Xira contou ainda com outros atletas ribatejanos. Filipe Lourenço, de 21 anos, residente em Azambuja, terminou no 16º lugar entre os profissionais e reconheceu que o pouco tempo de treino que tem dispensado à modalidade pesou na classificação final. “Embora a generalidade dos skaters profissionais sejam apoiados ou patrocinados pelas marcas de skate em Portugal, somente um vive exclusivamente da modalidade”, referiu o atleta, revelando que no seu caso, para competir em todas as etapas do circuito nacional, incluindo viagens, inscrições, estadias e material de skate, despende anualmente uma média de mil euros.Com resultados mais modestos – 11º lugar entre os amadores – Joel Maia, de 16 anos, que pratica skate há cinco anos, encontra-se a cumprir a segunda temporada no respectivo escalão. Sendo presença assídua nas etapas do circuito nacional, o skater de Vialonga referiu-se à modalidade como sendo “um desporto saudável, que serve para libertar a mente”.“Primeiro, preciso de dar nas vistas ao nível competitivo. Depois, caso consiga celebrar um contracto com uma boa marca internacional, o próximo passo passará por disputar o exigente circuito europeu”, vincou o atleta, que se desloca com regularidade aos skateparques da Póvoa de Santa Iria e de Alverca para treinar, em média, sete horas semanais.Por influência de um irmão mais velho, Daniel Matos, de 18 anos, pratica a modalidade há dois anos e meio. O skater de Alverca considera que “a modalidade está inserida num ambiente saudável, com gente que tem um espírito jovem e uma mentalidade aberta”. Quedou-se pela 29ª posição na categoria de iniciados, num total de 60 participantes.A vereadora da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Conceição Santos, ao fazer um balanço positivo do evento, adiantou a O MIRANTE que, “pese embora a contenção económica que a autarquia atravessa, a etapa vilafranquense vai continuar a integrar o Circuito Nacional de Skate”.A mesma responsável acrescentou que a implementação da modalidade no concelho “é uma aposta ganha junto dos jovens”, contribuindo para esse efeito a “existência dos skateparques em Alverca e na Póvoa de Santa Iria”, bem como o “protocolo assinado ao nível da formação com Radical Skate Clube”.Por sua vez, a fundadora do Radical Skate Clube, Dulce Pereira, destacou a “adesão do público e dos próprios participantes na competição”, ao mesmo tempo que se mostrou “agradada com os esforços” da câmara.
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