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Nadadora de nível mundial evoluiu na Piscina de Alhandra

Prova de natação adaptada sem atletas do concelho de Vila Franca de Xira

Cinquenta nadadores especiais aproveitaram a competição para estreitar relações entre instituições, forma utilizada pelos monitores para emprestarem um colorido diferente ao dia-a-dia dos seus pupilos.

A Piscina Batista Pereira, em Alhandra, foi segunda-feira palco do 6º Torneio de Natação Adaptada, prova que integra o calendário anual da Associação Nacional de Desporto Para Deficientes (ANDPP). A competição foi organizada pelo Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho (CSDS) em colaboração com a ANDPP e contou com meia centena de participantes, entre os 13 e os 49 anos, que se repartiram pelos sectores masculino e feminino nos escalões síndrome de down, adaptado, iniciados, juvenis, juniores e seniores.O destaque foi para a participação da luso-chinesa Mannie Ng, nadadora que representou Portugal, em Setembro último, no mundial de seniores para atletas com a síndrome de down. De referir que a atleta do Colégio dos Salesianos regressou da cidade irlandesa de Limerick com uma medalha de prata nos 50 metros costas e duas de bronze, respectivamente, nos 200 metros bruços e nos 200 metros costas. “Já tinha aqui disputado provas e fico sempre feliz quando regresso a Alhandra”, referiu a atleta de 25 anos, momentos antes de voltar a competir na piscina Batista Pereira.O bater das palmas da mão com a mãe é um ritual que Mannie Ng raramente dispensa antes de iniciar a prova, que é acompanhada por Teresa Ng, com as necessárias indicações para a dentro da piscina. Pouco tempo depois, a primeira de três provas está concluída e os festejos da vitória são celebrados pela nadadora com Henri, de 16 anos. “O desenvolvimento físico e o gosto pelo esforço, associado a uma maior facilidade de concentração e disciplina”, são alguns dos aspectos que Yves Tourquin saboreia com satisfação, desde que o seu filho Henri se iniciou na natação há dois anos.Já o atleta do APPACDM Fundão, Manuel Oliveira, de 41 anos, mostra-se um pouco mais reservado em falar das suas experiências. Mesmo assim, sempre foi dizendo a O MIRANTE que se sente bem na natação, desporto que pratica há já três anos.Do outro lado da piscina encontram-se dois monitores de natação para o desporto adaptado compenetrados com o que se passa dentro da piscina de 25 metros. A sua atenção é, no entanto, desviada por breves instantes. “As competições proporcionam na maior parte das vezes inesquecíveis convívios para estes nadadores”, referiu Pedro Nabais. “Há miúdos, que se não fosse estas instituições, nunca entrariam numa piscina”, complementou José Couto.Entre a meia centena de participantes, a ausência de nadadores do concelho de Vila Franca de Xira foram justificadas pelo responsável do CSDS, António Gonçalves, que referiu em tom desapontado: “A organização convidou a Cercipóvoa e a Cercitejo a participarem, que por imprevistos de última hora não puderam comparecer”, rematou.Responsável pela integração da prova no calendário anual da ENDD, Fernando Caio, era até ao passado sábado o presidente do Centro Social para o Desenvolvimento do Sobralinho, instituição que liderou durante oito anos. “Atendendo às dificuldades que as CERCI’s têm em promover este tipo de actividades, o balanço só pode ser considerado positivo”, frisou Fernando Caio, ao referir-se às seis edições da prova.

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