A taxa de juro implícita no crédito à habitação subiu mais de 1 ponto percentual entre Dezembro de 2005 e de 2006, fixando-se em 4,662 por cento no último mês do ano passado, indicou o INE. A taxa de juro média implícita no crédito à habitação passou de 3,621 por cento em Dezembro de 2005 para 4,662 por cento no mesmo mês de 2006, o que representa um acréscimo de 1,041 pontos percentuais, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.A taxa de juro implícita no crédito à habitação é calculada dividindo o total de juros vencidos no mês pelo capital total em dívida no início do mesmo mês. Em Dezembro passado, a taxa de juro média do crédito à habitação fixou-se em 4,507 por cento para o regime geral (mais 1,085 pontos percentuais do que um ano antes) e em 5,117 por cento para o regime bonificado (mais 1,054 pontos percentuais).O governo fixou a taxa de referência para a bonificação de crédito no primeiro semestre de 2007 em 4,221 por cento, o que significa que as taxas de juro superiores ao valor de referência não serão bonificadas na parte em que o excedam. A maior subida de taxa num ano verificou-se nos empréstimos para aquisição de terreno para habitação, cuja taxa se fixou em Dezembro passado em 4,431 por cento, mais 1,231 pontos percentuais do que no último mês de 2005.A taxa de juro dos empréstimos para construção de habitação subiu 1,057 pontos percentuais num ano, fixando-se em 4,656 por cento em Dezembro de 2006, e a destinada a construção de habitação (o tipo de empréstimo mais frequente) aumentou 1,037 pontos percentuais, para 4,664 por cento. Relativamente a Novembro de 2006, a taxa de juro média subiu 0,095 pontos percentuais.O INE indica que o capital médio em dívida por contrato se situou em Dezembro em 50.257 (53.842 nos contratos para aquisição de habitação) e a prestação média foi de 309 euros (mais 36 euros do que um ano antes. A prestação média para o regime geral situou-se em Dezembro de 2006 em 323 euros, mais 43 euros do que no último mês de 2005, e a dos regimes bonificados foi de 279 euros (mais 19 euros do que em Dezembro de 2005), dos quais 35 euros suportados pelo Estado (31 euros um ano antes). A menor prestação no regime bonificado apesar de a taxa de juro média ser mais alta deve-se ao facto de o capital médio em dívida ser de 55.543 euros para o regime geral e 39.434 para o bonificado.