Consumou-se o que já se adivinhava. A Câmara de Santarém saiu do projecto Águas do Ribatejo e deixou entregues ao seu destino os restantes oito municípios da Lezíria do Tejo que viam naquela empresa intermunicipal a tábua de salvação para acabar com os esgotos a céu aberto. O escritor Francisco Moita Flores, presidente da Câmara de Santarém, com essa decisão por si proposta, assumiu as rédeas da história e desenhou-lhe o fim que achou mais conveniente para o seu concelho. Mesmo que para isso tenha matado à sede um projecto que nasceu torto e não parecia ter grandes condições para se endireitar tantas foram as situações rocambolescas que se sucederam. Moita Flores preferiu avançar por conta própria com uma empresa municipal para tratar das redes de água e saneamento, que até tem semelhanças nos seus moldes com a Águas do Ribatejo. Quanto aos oito parceiros que agora ficaram a ver navios, resta-lhes baralhar e dar de novo. Sem truques nem cartas viciadas.