Quero agradecer como espectador fortuito, que após este espectáculo deixarei de ser, ao sr. Presidente da câmara e aos intervenientes nas “Conversas com História”, o extraordinário espectáculo que, na minha opinião, foi oferecido à população de Santarém. A igreja da Graça estava repleta de espectadores. Todavia, passado algum tempo, um a um começaram a sair para não morrerem gelados. Certamente um tal espaço leva tempo a amornar e custa o que a energia custa, há gás a queimar nas tochas dos digestores da ETAR de Santarém para onde são canalizados os efluentes de uma população estimada em 30.000 pessoas, e em crescendo, que devidamente aproveitados podem produzir, julgo, energia bastante para amornar (de modo eléctrico) estes e outros recintos culturais. Bastava que o gerador eléctrico, se existe e com a potência correspondente, fosse ligado à rede da qual a ETAR também recebe energia e o contador acertaria as contas. Ah.... mas a burocracia ...e o valor de troca ... bom, a mim como munícipe e cidadão que conto, enquanto puder, estar presente a tais eventos, apelo em nome de todos, embora sem sua procuração, a fazer, no bom sentido, o possível A cultura, que julgo ser uma paixão do presidente da autarquia, e bem, ficaria por certo muito agradecida, sobretudo quando acontece nos recintos fechados pois, conforme pude constatar, a maior parte da assistência já estava em condições etárias para verificar que afinal, o caminho da cultura começou frio e frio se mantém, não obstante o gás resultante da matéria prima, já paga, queimado hoje, numa época carente, a poluir a atmosfera sem qualquer aproveitamento, enquanto as pessoas tiritam e a factura de Quioto pende sobre a sua cabeça. E, para mais, confronte-se esta situação com a resultante do acordo (ver Público de 29-12-06, pag.43) feito pela câmara de Almeirim com a Compal para o aquecimento das piscinas, que distam da fábrica desta empresa cerca de 300m, por meio de água quente transportada por conduta, água que nem sequer é perdida.Bento Moreira.