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ABEI cria abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica

Como profissional desta área, não posso deixar de fazer notar que a localização de uma “casa abrigo” para vítimas de violência doméstica, no caso a que a ABEI – Associação para o Bem-Estar Infantil de Vila Franca de Xira planeia construir, deve ser mantida sob total anonimato. Ela não deve ser do conhecimento de terceiros. Apenas dos profissionais que nela trabalham e das vítimas que a habitam. Indicar o concelho (V. F. Xira) e a localização - terreno cedido na Quinta do Álamo, S. João dos Montes - na notícia, é, de forma que acredito não intencional mas não deixa de ser, por isso, irresponsável, na medida em que um jornalista deve pensar nas consequências dos seus actos, pôr em risco, ou a edificação da casa abrigo nesse local, ou, mais grave ainda, a integridade, por vezes a vida, das mulheres que nela procurarão apoio e um refúgio SEGURO. Os agressores procuram de forma insistente as suas vítimas e as taxas de ofensas corporais graves, mesmo de homicídio, tendem a aumentar após a ruptura da relação por parte da vítima. Falar deste fenómeno e da necessidade de novos equipamentos é um gesto socialmente importante, mas indicar a localização, mesmo que aproximada, de qualquer casa abrigo é colocar os (as) seus(suas) utentes em risco!Celina ManitaNota da redacção: A informação sobre a localização do terreno foi-nos dada por fontes oficiais. Câmara Municipal e ABEI. Como profissional do sector já deve ter assistido a inaugurações oficiais - feitas com pompa e circunstância – de casas abrigo. O que nos é exigido, como jornalistas, tanto deontologicamente como legalmente é a não divulgação da identidade das vítimas nem das casas abrigo onde são colocadas. Mas a sua observação não deixa de ser pertinente.

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