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Presidente de Salvaterra de Magos não suspende mandato por causa das buscas da PJ

Presidente de Salvaterra de Magos não suspende mandato por causa das buscas da PJ

Ana Cristina Ribeiro contraria oposição

A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos foi constituída arguida há um mês num outro processo por difamação.

A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), diz que não se vai demitir nem suspender o seu mandato por causa das buscas que a Polícia Judiciária (PJ) fez no dia 7 de Fevereiro aos Paços do Concelho, no âmbito de um processo em que é arguida há largos meses. A autarca respondia assim, na reunião do executivo de dia 21, aos vereadores da oposição que consideraram não haver condições para a presidente continuar à frente dos destinos do concelho. Nuno Antão (PS) considerou estar “posto em causa o relacionamento de confiança entre eleitores e eleitos”, enquanto Vasco Feijão (CDU) salientou que Ana Cristina deve repensar a legitimidade de estar na presidência. Carlos Marques (PSD) sugeriu a suspensão de mandato por “ética política”. “Nem sequer foi colocada em questão por mim ou pelo Bloco de Esquerda a minha suspensão de mandato”, argumentou a presidente. Acrescenta que tinha sido constituída arguida neste processo em meados de Junho ou Julho do ano passado porque não aplicou uma coima no âmbito de um processo de contra-ordenação. Ana Cristina Ribeiro revelou que os inspectores da PJ também foram a sua casa à procura de “sinais exteriores de riqueza”, já que no processo que está em investigação consta que “é alarmante” a forma como ela enriqueceu nos últimos tempos. Em sua defesa sublinhou que quem fez estas denúncias tem que as provar. “Depois não digam que meto processos em tribunal”, avisou. As buscas à câmara realizaram-se na sequência de uma queixa do empresário de Marinhais, João Brardo, por causa do licenciamento de um bar M-Club, que entretanto colocou em nome de uma filha menor. O empresário alega que a presidente deu 60 dias para legalizar o espaço, que ao fim de 30 dias entrou com o projecto na câmara e que nessa altura Ana Cristina o notificou para encerrar o bar, apesar do licenciamento estar a decorrer em nome da filha, alegadamente com a intenção de o prejudicar. A presidente revelou na reunião de câmara que foi constituída arguida há um mês, na GNR, porque João Brardo “apresentou uma queixa por difamação por ter dito que o bar é dele quando está em nome da filha”. “Vamos aguardar o desenrolar de tudo isto”, sublinhou.A Polícia Judiciária, explicou ainda a presidente, esteve nas secções de expediente, obras, contabilidade e recursos humanos do município, tendo os inspectores solicitado vários documentos com base numa lista que traziam com eles. A autarca, perante a intervenção de Nuno Antão que garantiu ter sido informado que ninguém pôde entrar na câmara enquanto decorreram as buscas, disse não ser verdade que a PJ tivesse impedido algum munícipe ou funcionário de entrar nos paços do concelho. Realçou que todas as secções trabalharam normalmente. Sobre a queixa do empresário, a presidente comunicou a sua versão dos factos, dizendo que “não é verdade que a câmara se tenha oposto ao licenciamento do bar e que tivesse impedido o seu funcionamento depois de licenciado”. Disse também que o bar tinha começado a funcionar sem licença e sem projecto de arquitectura e que na mesma altura um outro bar de Marinhais também tinha sido encerrado pelo município.
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