Clarividente Manuel Serra d’Aire
Também eu fiquei de boca à banda com o jantar de desagravo à presidente da Câmara de Salvaterra de Magos promovido pelo Bloco de Esquerda e com presença do seu pregador mor Francisco Louçã. O partido que chegou a ser classificado de esquerda caviar vulgarizou-se e é hoje um partido das febras com batatas fritas e do lombo assado com arroz. Como tu dizes, e bem, só falta mesmo o Louçã usar gravata. Mas já faltou mais.No meio desta onda de jantares de apoio e de desagravo continua a registar-se uma flagrante injustiça que é imperioso reparar e que tem como vítima o ex-presidente da Câmara de Santarém, o excelentíssimo senhor engenheiro Rui Barreiro (convém tratá-lo com respeitinho e deferência, não vá ele sentir-se difamado). O ingrato povo de Santarém não soube premiar a obra feita no seu inesquecível mandato e remeteu-o para a oposição entregando o poder de mão beijada ao escritor e ex-polícia Francisco Moita Flores. Um homem sem a experiência política reconhecida ao excelentíssimo senhor engenheiro Rui Barreiro, que anda nessa vida (da política, ressalve-se, para que não se possa sentir caluniado) há muito tempo e que tem ampla experiência de gestão em organismos públicos como a Direcção Regional de Agricultura do Alentejo e a Direcção Geral do Desenvolvimento Rural.E depois ainda vem o actual presidente da câmara criticar os vereadores do PS por não terem aparecido nas festas da cidade. Quem é que tem estômago e paciência para festas populares depois de ter sido tão mal tratado. Só um masoquista é que ia bater o pé ao som da música dada por Moita Flores e ainda para mais tendo por companhia o povo que tão mal-agradecido se mostrou na hora de retribuir nas urnas o tanto que por ele se fez em tão pouco tempo.A pura verdade é que muitos génios não viram a sua obra reconhecida em vida. Basta olhar para o ditador Salazar, que teve de esperar quase 40 anos após cair da cadeira para vencer concursos televisivos sem precisar de batota. Mas não se compare o incomparável. É pois tempo de aproveitar o balanço da onda de jantaradas e surgir uma mente sábia e justa que organize um grande jantar de apoio, homenagem e desagravo ao excelentíssimo senhor engenheiro Rui Barreiro. Nós, que temos memória, não vamos com certeza faltar. E eu até deixo desde já, como testemunho do meu reconhecimento, um grandioso viva ao excelentíssimo senhor engenheiro Rui Barreiro!Manel não sei se foste convidado para a última viagem que o governador civil de Santarém fez à Roménia. Aquilo é uma fixação que só visto! Pior só a que alguns dos nosso presidentes de câmara têm por Cabo Verde. Mas essa obsessão ainda consigo compreender. Nesse arquipélago fala-se português, as águas são quentes, os petiscos locais apelativos e de chorar por mais. A Roménia é a terra do Drácula e do Ceausescu, rapaziada de má memória, o clima não é nada de especial, enfim... Com tanto país no mundo para estreitar relações, como as ilhas Maurícias, a República Dominicana ou as Seychelles onde o nosso amigo Paulo Fonseca e o seu fiel escudeiro Carlos Catalão podiam ganhar umas cores, não consigo perceber o que há na Roménia de especial que não haja por exemplo em Badajoz. Se souberes decifra-me este enigma.Um abraço pascal do Serafim das Neves
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