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Instrutores de condução emigram para Espanha

A Associação Nacional dos Industriais do Ensino de Condução Automóvel considera que a crescente emigração dos profissionais de ensino para Espanha está a fazer com apenas fiquem em Portugal instrutores envelhecidos, que dificilmente acompanham a modernização das tecnologias."O grande problema é o facto de apenas os instrutores mais envelhecidos permanecerem, o que é mau, porque dificilmente acompanham a grande evolução tecnológica dos veículos e uma época em que quase é obrigatória a condução com GPS (orientação geográfica por satélite)", diz o presidente da Associação. Desde 2004 até ao presente mês, um total de 266 instrutores portugueses pediu equivalência das suas habilitações à Direccion General de Tráfico para trabalhar em Espanha. O recrutamento de portugueses pelas escolas espanholas acontece, sobretudo, devido à falta de instrutores espanhóis, cuja formação demora entre dois a três anos, enquanto em Portugal chega a demorar menos de um ano. O dobro do salário e o reconhecimento social são outros dos motivos apontados pelos instrutores portugueses que já fizeram as malas.Segundo a ANIECA, a emigração para o país vizinho é ainda explicada pela diminuição do mercado de trabalho em Portugal, devido à duplicação das escolas de ensino de condução e à queda a pique do número de candidatos. Em 2004, os interessados em tirar a carta de condução eram 230.000 e em 2006 deverão ter chegado aos 160.000.Eduardo Vieira Dias considera ainda que a conjuntura de crise económica leva a que classes sociais mais baixas retardem a obtenção da carta de condução devido a dificuldades económicas. "Por isso são também apanhadas (pelas autoridades) mais pessoas sem habilitação para conduzir", refere.Em Portugal, estão actualmente em funções 4.279 instrutores, alguns dos quais acumulando funções de subdirector ou de director da escola, segundo dados fornecidos à Lusa pela Direcção Geral de Viação.

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