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Desfile de vestidos de chita provou que a moda não tem idade

Idosos de 13 instituições de Santarém mostraram que também se sabem divertir
Passeios no jardim rodeados de flores, piqueniques, namoricos e dança foram parte do programa de quinta-feira para 13 pares de idosos de instituições de apoio social do concelho de Santarém. Tudo se passou no palco do Teatro Sá da Bandeira, que se encheu de público, com os casalinhos a desfilarem em vestidos de chita, com o glamour de outros tempos. As coreografias foram preparadas nos bastidores apenas momentos antes de os pares entrarem em palco, sempre acompanhadas pela música portuguesa de Carlos Paião, José Cid, Heróis do Mar, entre outros. O espectáculo foi apresentado por Fernanda Narciso e António Júlio, que anunciaram a entrada dos pares e as respectivas idades. “Jovens” entre os 59 e os 96 anos, como é o caso de Manuel Santos, utente da Misericórdia de Santarém. Glória Reis e João Mendes foram dos mais mexidos em palco, em representação da Associação Comunitária de Desenvolvimento Social de Santarém. Ela, de 65 anos, do Arneiro das Milhariças, e ele, de 75, de Tremês, dançaram desinibidos ao som dos Heróis do Mar como se de um casal verdadeiro se tratasse. Glória envergou traje típico oriental, enquanto José brilhou com fato a rigor e gravata a condizer com as vestes da parceira de festa. “Correu bem e gosto de dançar”, salienta José, recordando que os ensaios decorreram apenas nos bastidores, minutos antes de entrarem em cena. Para Glória foi um dia diferente do habitual, de convívio, para quem como ela diz não se “cansar de dançar e andar nos passeios”.De calções, t-shirt, chapéu na cabeça e óculos de sol, a mexer os pés como se tivessem molas e de “palhinhas” na mão, Aristides Luís e a sua companheira Gertrudes Silva, par do Lar de S. Domingos, arrancaram gargalhadas ao público. O casal participou no desfile pelo segundo ano consecutivo e não acusou o nervosismo. “Até já fui miss numa festa de santos populares”, graceja Aristides. Mais tímida Gertrudes gostou especialmente do vestido que envergou e deixou elogios à costureira, “feito com todos os pormenores”. Na festa, que não classificou vencidos nem vencedores, estiveram representados os centros sociais de bem-estar e de apoio à família de Abitureiras, Vale de Figueira, Moçarria, Alcanhões, Póvoa de Santarém, o Centro Social Interparoquial de Santarém com as suas várias unidades, o Lar de S. Domingos, assim como as misericórdias de Pernes e de Santarém.O presidente da Câmara de Santarém surgiu no final do espectáculo para se associar à atribuição de medalhas aos pares. Francisco Moita Flores disse a todos que se sente bem cada vez que vai a encontros de idosos, por ver que os “velhos” também se sabem divertir e nunca deixam de ser jovens. “É importante resistir a quem nos empurra para a tristeza e a solidão”, aconselhou Moita Flores. Melhorar a qualidade no processo de envelhecimento e estimular o envolvimento popular e convívio entre os mais idosos e as restantes pessoas foram os grandes objectivos do evento, organizado pela câmara e por 13 instituições do concelho.

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