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Impagável Manuel Serra d’Aire

Foi com manifesto regozijo que verifiquei que ainda há justiça neste mundo e que Deus não dorme. Finalmente temos um político da região cotado ao mais alto nível e devidamente reconhecido pela comunicação social de referência. E não me estou a referir ao secretário de Estado Jorge Lacão. O alvo dos meus mais que justificados encómios é o deputado do PSD e presidente da Assembleia Municipal de Tomar Miguel Relvas que afinal também tem o seu nome inscrito no processo Apito Dourado, embora não seja arguido nem nada que se pareça.A conversa que Miguel Relvas teve há uns anitos com o major Valentim Loureiro, escutada pela Judiciária e que foi citada pelo jornal Correio da Manhã, fez mais pela auto-estima dos ribatejanos do que mil congressos do Ribatejo. A conversa escutada, a bem dizer, é uma chachada, mas colocou o político tomarense num patamar mais de acordo com o seu valor. Afinal o nosso amigo Relvas não é menos do que a presidente da Câmara de Leiria, que também foi escutada e citada na imprensa e assim ganhou minutos de fama que nunca alcançaria a construir rotundas e estádios. Aliás, se estava meio mundo metido no Apito Dourado é justo e democrático que houvesse também alguém aqui da zona. Esta porcaria de esquecerem sistematicamente a província irrita-me solenemente. Nós temos cá figuras tão boas como as melhores. É só puxarem por nós, darem-nos uma oportunidade.É óbvio que falar ao telefone com o major Valentim Loureiro está para mim muito longe daquilo que classifico como um bocado bem passado. E acredito que Miguel Relvas pense o mesmo. O timbre roufenho da voz do major, o seu tom autoritário e aquele sotaque entre o tripeiro e o beirão desaconselham grandes diálogos. Mas há sacrifícios que têm de se fazer em nome de uma carreira bem sucedida. Telefonemas banais como os do dentista, da oficina ou daquelas empresas que dão brindes em hotéis não interessam aos jornais. Imarcescível Manel, espero que tenhas passado uma boa Páscoa e que tenhas recebido as amêndoas atempadamente. Aquela dos vereadores socialistas da Câmara de Santarém oferecerem amêndoas aos seus pares depois da Páscoa ter passado, embora pareça inocente permite extrair algumas conclusões interessantes. Será que perderam a noção do tempo? Será que foi António Guterres quem fez as contas aos 40 dias da Quaresma e acabou por os induzir em erro? Houve sobras de amêndoas? Por este andar não me admirava que apareçam por lá a desejar as boas festas em Junho. E falar em festas é falar no presidente da Câmara de Santarém. Depois do Festival do Alviela, da Feira de Santarém, das passagens de ano, dos cortejos de Carnaval, Moita Flores lembrou-se agora de realizar uma espécie de Feira do Ribatejo no Campo Infante da Câmara na mesma altura em que vai decorrer a Feira de Agricultura no parque de exposições do Cnema. É 8 ou 80. Já diz o povo que não há fome que não dê em fartura. Da apagada e vil tristeza do mandato passado entrou-se na festa pegada que é a Santarém da actualidade. Mas é preciso ter cuidado com o cair das canas depois do ribombar de tanto foguete, não vá alguém aleijar-se.Com este final moralista me vou.Recomendações do Serafim das Neves

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