Filosofia cultural do Virgínia é para manter
O Teatro Virgínia sofreu um prejuízo de 594 mil euros em 2006, sendo responsável por um terço do défice apresentado pelo conjunto dos oito equipamentos culturais e desportivos de Torres Novas. Um valor considerado excessivo pelo vereador da CDU, Carlos Tomé, durante a apresentação e discussão das contas do município referentes ao ano transacto. O presidente da câmara, António Rodrigues (PS), admitiu estar a tentar reduzir “a todo o custo” os custos do teatro mas garantiu que a filosofia cultural subjacente ao equipamento irá manter-se. “Não podemos comparar o estádio ou as piscinas com o Virgínia, é injusto”, disse.António Rodrigues tentou sempre contrapor as críticas da oposição, nomeadamente em relação ao endividamento camarário, cifrado em 35 milhões de euros no final de 2006, e às 53 alterações orçamentais feitas no mesmo período. “Só não faz alterações orçamentais quem está quieto, porque elas são um sinal de dinâmica”. Sobre o endividamento da autarquia, sublinhou que ela existe porque foram feitos avultados investimentos na cidade e salientou o facto de terem sido esses investimentos – realizados entre 2001 e 2006, que “revolucionaram” Torres Novas. “A nova lei das finanças locais não perdoa e vamos ter de baixar a dívida nos próximos dez anos”, disse António Rodrigues.Apesar de ser unânime a “excelente” apresentação das contas, em termos técnicos a oposição acabou por as votar desfavoravelmente, com Carlos Tomé a sublinhar o facto de a execução orçamental dos 59 milhões de euros previstos se ter quedado nos 44,3 por cento e pela falta de aposta do executivo nas questões do ambiente e do saneamento. Um dado salientado também pelo vereador do PSD Nuno Santos, que criticou ainda o aumento de 3,8 milhões de euros nas dívidas de curto prazo.
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