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Mais de 400 fornecedores esperam pagamento da Câmara de Tomar

As receitas realizadas em 2006 foram as mais baixas dos últimos anos
A lista de fornecedores que aguardam pelo pagamento de serviços prestados à Câmara de Tomar era, no final de 2006, de 479. Destes, apenas seis (empreiteiros) têm 60 por cento da dívida ainda por receber. Os números foram divulgados pelo vereador Carlos Carrão (PSD), responsável pela divisão financeira, durante a reunião extraordinária do executivo realizada dia 10 de Abril para apresentação do Relatório de Gestão de 2006. Segundo o vereador, o ano passado a autarquia conseguiu diminuir um milhão de euros na dívida a médio e longo prazo, através da renegociação dos empréstimos bancários, mas aumentou no mesmo valor a dívida de curto prazo a fornecedores. O total da dívida era, no final do ano, de 29,7 milhões de euros (valor semelhante ao de 2005). Para Carlos Carrão, o desempenho orçamental realizado no último ano pela autarquia foi de “estabilização”. Menos do que se esperava, já que a maioria social-democrata na câmara tinha anunciado 2006 como o ano da recuperação. No entanto, as receitas realizadas foram as mais baixas dos últimos anos, resultando no orçamento com o valor mais baixo desde 2003 (47.852.989 milhões de euros). Mas nem tudo foi negativo. A taxa de execução orçamental aumentou para 50,8 por cento (foi a primeira vez que ultrapassou os 50%) o que “do ponto de vista psicológico é importante”, sublinha o autarca. E perante nova descida nos valores do investimento, Carlos Carrão lembra que em 10 anos de “gestão Paiva”, foram executadas obras no valor de 100 milhões de euros. “Há um ciclo de investimentos associado aos fundos comunitários”, por isso, a ordem agora é aguardar pelos financiamentos que o QREN – Quadro Referência Estratégico Nacional irá disponibilizar para as autarquias.As críticas da oposição não se fizeram esperar. O movimento Independentes por Tomar (IpT) afirma que o documento da Prestação de Contas de 2006 apresenta um “tom triunfalista mais diluído” que nos anos anteriores e sublinha a “tendência decrescente” que o total de receitas e despesas tem apresentado desde 2003. Os dois vereadores do IpT, Pedro Marques e Rosa Dias, consideram que perante as dificuldades de tesouraria e com a diminuição da receita, devem ser concluídas as obras já em curso e que “se deve parar para pensar” e esperar pelo QREN, numa intenção de avisar a maioria que esta não é a altura para avançar com a requalificação da zona do mercado e do Flecheiro, na cidade. O vereador do PS, Carlos Silva, deixou críticas à falta de políticas que fomentem o crescimento económico do concelho e a criação de emprego e acusa a maioria de apresentar um documento “distante da realidade” quando diz que Tomar “é um dos concelhos que melhor aproveita as suas potencialidades e recursos”. O socialista acrescenta que estes foram “dez anos de oportunidades perdidas”. O Relatório de Contas de 2006 foi aprovado pela maioria do PSD, com três votos contra de toda a oposição.

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