Com participação em mais de uma centena de provas oficiais de todo-o-terreno Frederico Roque está este ano integrado numa equipa oficial e a olhar para as classificações obtidas nas quatro provas já realizadas para o campeonato nacional, onde neste momento ocupa o segundo lugar da geral. Na Baja espera fazer uma prova à altura e conquistar mais alguns pontos para o campeonato.“O Rali Vodafone Transibérico é uma prova diferente do normal, conta para o Campeonato do Mundo e vão estar presentes os melhores pilotos mundiais da actualidade. Estou a disputar o campeonato na classe T 2, com um carro da Prolama equipa oficial da IZUZU, e tenho uma equipa oficial ao meu lado, por isso espero fazer uma prova de acordo com as boas condições que tenho ao meu dispor”, garantiu com entusiasmo Frederico Roque.Aliás as ambições do piloto e da equipa é a de serem campeões nacionais da classe T 2, carros a diesel. “Neste momento estamos plenamente satisfeitos como tudo tem decorrido, a meio do campeonato estamos em segundo lugar a apenas cinco pontos do primeiro, que é o piloto que foi o campeão da época passada”, referiu o piloto.Para Frederico Roque o Rali Vodafone Transibérico é uma prova muito importante, não só pelo valor dos pontos que tem em disputa, como pela sua dimensão. Tem 2.300 quilómetros de extensão, o que equivale a quatro provas normais, com 1.200 quilómetros especiais de classificativas. “É uma prova em que é preciso estar muito bem preparado, no primeiro dia vamos entrar para dentro do carro às quatro da manhã e não sabemos bem quando vamos sair. Vamos fazer 500 quilómetros de especiais e 600 quilómetros de ligação. É preciso estar muito bem preparado física e psicologicamente”, garantiu.O piloto ribatejano garante que está minimamente preparado, nas duas vertentes, e conta com o apoio da família e dos amigos. Gostava de ter mais tempo para se preparar, não descura a passagem pelo ginásio, mas espera estar bem no início da prova.Ao longo dos anos que leva de piloto de todo-o-terreno, Frederico Roque já apanhou alguns sustos, felizmente nenhum que tenha deixado marcas. “Sou um piloto relativamente rápido, mas conduzo sempre com prudência, já dei algumas cambalhotas, mas nada que me tenha feito ficar com medo de voltar. Quando depois de um acidente volto a entrar num veículo, já não me lembro de nada”, garantiu.Frederico Roque nasceu no meio de automóveis. A sua família esteve sempre ligada ao ramo, por isso é com naturalidade que elege a competição automóvel como o seu hobbie e o seu escape ao stress do dia a dia. “Desde que na véspera de qualquer prova entro no meu carro particular para ir para a competição, desligo por completo da minha actividade profissional, o que é muito importante para o controlo do stress do dia a dia”, referiu.Frederico Roque tem como navegador, Filipe Fernandes, um dos mais consagrados a nível nacional, e contam com uma grande cumplicidade e amizade. “Tenho uma confiança quase ilimitada, Sei que é um amigo que prepara muito bem as provas, e é capaz de me dar uma grande ajuda, só tenho que me concentrar ao volante. Sei que serei avisado com o tempo necessário de qualquer curva ou obstáculo que vou ter que ultrapassar. Em conjunto com a equipa de mecânicos e a IZUZU, fazemos uma equipa forte e homogénea, capaz e fazer coisas bonitas”.Nesta altura o carro de competição de Frederico Roque está a ser completamente revisto, está a levar peças novas onde as iniciais estão mais degradadas, a preparação do carro e da prova está a ser feita com grande profissionalismo, por isso o piloto que pede aos amantes do automobilismo que acompanhem a prova, nos locais indicados pela organização, sente-se capaz de fazer um brilharete na sua classe.