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Coruche contesta perda de zona agrária face à sua importância agro-florestal

Serviços concentrados em Santarém, Abrantes e Vila Franca
De nada valeu ao concelho de Coruche dispor de mais de 18 mil hectares de área de regadio quando o Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) avançou para a reestruturação dos seus serviços na região, que implicam o encerramento da zona agrária na vila. Na região, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo passa a ter serviços apenas em Santarém, onde se situa a sede, e em Abrantes e Vila Franca de Xira.A Câmara de Coruche mostrou, a seu tempo, preocupação ao Ministro da Agricultura, Jaime Silva, e ao director regional, por vir a perder o seu pólo de apoio aos agricultores. Em resposta a O MIRANTE, o gabinete de imprensa do MADRP esclarece que o motivo da opção por Abrantes prende-se com o facto de a zona norte do Ribatejo ser a menos bem servida em termos de apoio técnico, que se pretende reforçar. Reconhece ainda a importância agro-florestal do concelho de Coruche mas constata que a grande maioria dos produtores tem os seus problemas de apoio técnico ou de relacionamento com o MADRP resolvido pelas diversas organizações agrícolas a que estão ligados e que se situam no concelho ou em concelhos limítrofes.As cinco funcionárias que prestam serviço em Coruche há mais de 30 anos lamentam que a MADRP não tenha analisado a sua competência e seriação, e que o seu trabalho tenha sido progressivamente “esvaziado” até dia 4 de Abril, quando receberam notificações sobre a sua avaliação. Lamentam ainda que venham a ser colocadas no quadro de supranumerários da função pública, “que não é mais que do que ir para casa numa reforma antecipada e sem direitos”, acusam.Segundo o ministério, a zona agrária de Coruche tem dois técnicos e três administrativos. Um técnico será colocado voluntariamente no Serviço Mobilidade Especial (SME) e o segundo em posto de trabalho compatível a criar, refere-se na resposta. O mesmo se passará com os funcionários administrativos, “tendo presente que uma percentagem muito relevante do trabalho que desenvolviam é agora competência da Direcção Geral de Veterinária”, adianta-se.O ministério sustenta ainda que existe uma cobertura equilibrada da região, conjugando os seus serviços com os das organizações de agricultores. É também sua intenção aprofundar este processo “na lógica de ser o ministério a ir de encontro aos agricultores e não o contrário”. Acerca do encerramento de zonas agrárias na região e do número de funcionários e técnicos abrangidos pela reformulação dos serviços, o MADRP esclarece que todo o processo está em curso sendo, por isso, prematuro dar mais informações. Quanto ao edifício da zona agrária de Coruche, é pertença do ministério e a sua utilização ou fim futuro está a ser equacionada.

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