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Ministro da Agricultura diz que floresta portuguesa vale mais do que a AutoEuropa

Ministro da Agricultura diz que floresta portuguesa vale mais do que a AutoEuropa

Mais de 1.500 sapadores florestais vão estar no terreno este Verão
O ministro da Agricultura, Jaime Silva, afirmou segunda-feira na Figueira da Foz que a floresta portuguesa vale mais do que a empresa automóvel AutoEuropa relativamente às exportações e ao emprego. "As exportações valem mais na floresta do que, por exemplo, a AutoEuropa. Valemos mais em termos de emprego", afirmou Jaime Silva na cerimónia de apresentação pública das equipas de 1.500 sapadores florestais que constituem o dispositivo de prevenção estrutural de incêndios para 2007. Em declarações aos jornalistas à margem da sessão, o titular da pasta da Agricultura justificou a comparação por ser "a única forma de os portugueses perceberam e importância económica da floresta para o país". Frisando não pretender "diminuir" a empresa AutoEuropa, o ministro da Agricultura afirmou que a comparação com o sector automóvel, "muito importante nas exportações" do país, serve "apenas para mostrar que a floresta vale muito mais em termos ambientais" e que a sua defesa é uma obrigação de todos os portugueses. Na cerimónia Jaime Silva sublinhou o "reforço" das equipas de sapadores florestais - existem 205 a nível nacional, mais 40 do que no ano passado -, referindo que, apesar do aumento, a meta do Governo em criar 20 por ano "depende muito da actividade do sector privado". "Quem tem a floresta são os privados e estas equipas de sapadores florestais associam o Estado ao sector privado. São financiadas em 50 por cento pelo Ministério da Agricultura e em 50 por cento pelos próprios proprietários florestais", disse. Aludindo aos cerca de três milhões de hectares de floresta produtiva portuguesa, frisou que apenas três por cento são património público. "É importante que os privados percebam que não só prestam um serviço social ao país em termos ambientais, mas também em termos económicos o lucro que podem obter da floresta é um potencial que têm de utilizar" sublinhou o ministro. Classificando a sessão como uma homenagem aos sapadores florestais - várias centenas marcaram presença, vindo de todo o país, numa 'parada' em tons de verde e amarelo, formada no parque industrial da Figueira da Foz -, Jaime Silva aludiu aos trabalhos de limpeza da floresta e silvicultura preventiva realizados este ano. "Foram 100 mil hectares de floresta e dois mil quilómetros de caminhos florestais. Mas há muito mais para fazer no futuro", alertou. Avisou que, apesar das medidas de prevenção de incêndios levadas a cabo no terreno, as condições climatéricas adversas implicaram que apenas mil hectares tenham sido sujeitos a acções de fogo controlado. "Obviamente, essas ervas, todo esse mato que cresceu durante o Inverno, é um material de combustão terrível no Verão e aí o comportamento cívico dos portugueses é importantíssimo. Mais de 30 por cento dos incêndios resulta de negligência" lembrou. Jaime Silva disse, ainda, que esta não é a altura para se fazer um balanço das medidas destinadas a prevenir e a combater os fogos florestais: "Recuperou-se um atraso que nos preocupava, o essencial dos planos está feito, mas às portas do Verão não é altura de um balanço". Presente na cerimónia, o secretário de Estado da Protecção Civil, Ascenso Simões, sublinhou a articulação entre os Ministérios da Administração Interna e da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, considerando-a um caminho "de verdadeiro emparcelamento institucional".
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